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04/07/2012 - 14h20min

Dos Gabinetes - Ponticelli em Brasília defende renegociação da dívida dos estados

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Ponticelli em Brasília defende renegociação da dívida dos Estados
Deputados estaduais de todo o país se reúnem em Brasília (DF), nos dias 3 e 4 de julho, para apresentar a autoridades federais propostas de renegociação das dívidas dos estados. Fruto de quatro debates públicos realizados em Rio Branco (AC), Vitória (ES), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS), a ação é uma iniciativa do Colegiado de Presidentes das Assembleias Legislativas e da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale). \"Não podemos continuar assistindo a esse sangramento dos cofres públicos a cada mês, por conta de uma dívida que foi rolada em 1998, quando a realidade econômica do Brasil era outra e saíamos de uma inflação de mais de 10% ao mês, em meio ao processo de consolidação do Plano Real. Naturalmente, naquele momento era aceitável o indexador estabelecido, que no caso de Santa Catarina foi o IGPDI mais 6%\", afirmou o presidente da Unale, deputado Joares Ponticelli (PP), que viajou nesta terça-feira para Brasília a fim de liderar a mobilização. Todavia, na opinião do parlamentar, os tempos mudaram e a própria remuneração da poupança sofreu alterações em função do novo momento econômico que o Brasil vive hoje. \"Por isso, defendemos que seja feita a renegociação para que a União não continue cobrando dos estados juros escorchantes\", explica. Ponticelli ressalta que a divida cresce cada vez mais. Santa Catarina tinha em 1998 uma divida de R$ 4,3 bilhões. Neste período pagou R$ 7,6 bilhões e ainda deve R$ 10 bilhões. No ano passado a amortização da dívida tomou R$ 1,480 bilhão (uma vez e meia o que o estado investiu). \"Não podemos continuar assistindo este disparate. Entendemos os esforços que a presidenta Dilma Roussef vem fazendo, especialmente na compensação dos estados que foram atingidos pela retirada dos incentivos para a exportação. Mas esta compensação é momentânea. Não vai representar uma ação continuada\", sustenta o presidente da Unale. \"A ação continuada que desejamos é a revisão do Pacto Federativo, que concentra 70% do que é arrecadado na União e 30% para os estados e municípios. Os estados e municípios vêem cada vez mais seus orçamentos reduzidos por conta de responsabilidades e de ônus cada vez maiores\", defende. O ideal, para Ponticelli, é que se promova, efetivamente, a Reforma Tributária. \"Mas como ela vai demorar para chegar, nós precisamos já, agora, imediatamente, conter essa sangria que representa a prática de juros escorchantes que a União pratica contra estados e municípios. Esperamos que a sensibilidade demonstrada pela presidenta Dilma Rouseff possa fazer com que os estados e municípios tenham essa sangria atada, de modo a reverter em investimentos em saúde, segurança e educação\". A proposta concreta da Unale é trocar o indexador de IGPDI mais 6% pelo IPCA, com no máximo 2% de juros ao ano e reduzir o percentual de comprometimento da receita, que hoje é de 13%, para no máximo 9%. \"Se isto acontecer, Santa Catarina, por exemplo, terá já no primeiro ano mais R$ 360 milhões nos caixas, o que permitirá ampliar substancialmente a nossa capacidade de investimentos e transferência voluntária para os 265 municípios catarinenses\", concluiu Joares Ponticelli. Mobilização - Deputados estaduais de todo o país se reúnem em Brasília (DF), terça-feira (3/7) e dia 4 de julho, para apresentar a autoridades federais propostas de renegociação das dívidas dos estados que vêm sendo consolidadas pelo Colegiado de Presidentes das Assembleias Legislativas e pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale). Os encontros em Brasília são uma iniciativa do presidente do Colegiado e da Assembleia de Minas, deputado Dinis Pinheiro (PSDB-MG), e do presidente da Unale, deputado Joares Ponticelli (PP-SC). As audiências com as autoridades do governo federal, do Congresso Nacional e do Tribunal de Contas da União (TCU) acontecem na quarta-feira (4/7), mas já no dia anterior os parlamentares se reúnem para uma reunião preparatória. Entre os convidados estão o vice-presidente do TCU, ministro Augusto Nardes, e o ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel. A mobilização para a visita à Capital Federal começou em 31 de maio, durante a 16ª Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais, da Unale, que aconteceu em Natal (RN), simultaneamente a um encontro do Colegiado de Presidentes. Parlamentares e governos estaduais argumentam que as condições de pagamento das dívidas, firmadas em 1998, tornaram-se escorchantes com a estabilidade monetária e a queda dos juros, que se intensificou recentemente. Os acordos firmados em 1998 preveem uma correção dos débitos pelo IGP-DI, mais juros de 6% ou 7,5%, dependendo do estado. Mesmo pagando 13% da Receita Corrente Líquida, que é o limite definido nos contratos, os estados não vêm conseguindo quitar nem mesmo os juros, e as dívidas se multiplicam, comprometendo a capacidade de investimento público. Dos 26 Estados e o Distrito Federal, 25 são devedores da União. Segundo dados do Balanço Geral da União (BGU), o montante dessas dívidas subiu de R$ 93,24 bilhões, em 1998, para R$ 350,11 bilhões em 2010. Os principais pontos defendidos pelos estados para a renegociação das dívidas são a substituição do IGP-DI pelo IPCA como índice de correção da dívida, retroativamente à data de assinatura dos contratos; a redução do percentual máximo de comprometimento da Receita Líquida dos Estados; e o ajuste da taxa de juros, para manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato à época da assinatura. Esses itens foram definidos já em fevereiro, na Carta de Minas, documento produzido ao final do primeiro debate público interestadual, realizado na Assembleia mineira. Júlio Cancellier (48) 9901-0488 - www.joaresponticelli.com
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