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19/03/2010 - 16h41min

Dos Gabinetes - Padre Pedro debate modelo energético com atingidos por barragens

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Padre Pedro debate modelo energético com atingidos por barragens
O deputado Padre Pedro Baldissera (PT) participou das mobilizações do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), nesta semana, no Oeste e no Planalto Serrano. Além da situação de incerteza vivida por milhares de famílias de agricultores e agricultoras cujas terras serão alagadas, os debates dos encontros foram centralizados na apresentação de alternativas à produção de energia a partir de hidrelétricas. Cerca de 600 pessoas reuniram-se em Chapecó, todas ameaçadas pelas barragens Foz do Chapecó, Itapiranga, Monjolinho, Quebra-Queixo e Flor do Sertão. Na BR-116, em Curitibanos, outras 800 pessoas mantêm a mobilização, no trevo de entroncamento com a BR-470. Nessa região, as barragens de Barra Grande, Machadinho e Campos Novos resultaram em um passivo ambiental e social incalculável. Sem avanços nas negociações com o Consórcio Enercan, responsável pela Usina Hidrelétrica de Campos Novos, os agricultores retirados de suas terras não têm garantido o reassentamento. O deputado Padre Pedro alertou para a necessidade de abertura de diálogo, por parte dos consórcios, para reduzir o impacto social das hidrelétricas. Ele lembrou que na audiência pública (veja matéria no link http://www.padrepedro.com.br/site/noticia.php?cod=762) realizada em dezembro, em São Carlos, os dados de órgãos federais e das empresas, relativos ao número de atingidos, eram contraditórios. “O relatório da empresa apontava 1,7 mil famílias atingidas, no entanto, o Ibama disse que são mais de 2,4 mil. A obra já está avançada e a pergunta que fazemos é o que essas famílias farão sem uma resposta por parte dos consórcios”, disse o parlamentar. A audiência em São Carlos teve como principal encaminhamento o envio de um documento ao IBAMA, ao Ministério de Minas e Energia e ao Ministério Público Federal (MPF), solicitando que a licença de operação da Usina Foz do Chapecó não fosse emitida até que a situação das famílias fosse solucionada. IBAMA e MPF responderam a um requerimento apresentado pelos deputados Padre Pedro e Pedro Uczai (veja matéria no link http://www.padrepedro.com.br/site/noticia.php?cod=780), para que o caso tivesse acompanhamento permanente dos órgãos. Um novo modelo energético A principal motivação para o estudo e a implementação de fontes alternativas de produção de energia é o grande passivo ambiental e social das hidrelétricas. Além de modificar de forma significativa o ecossistema das regiões onde são implantadas, as hidrelétricas atingem a produção da agricultura familiar e a vida de milhares de famílias, muitas delas obrigadas a migrar para a cidade. No caso da Foz do Chapecó, por exemplo, o problema da geração de renda é agravado pela redução do pescado no rio Uruguai, que garantia o sustento de centenas de pessoas. Padre Pedro destaca a necessidade de investimentos, da União e do Estado, em pesquisas de alternativas energéticas. Um bom exemplo é a política de investimento em biodigestores. Eles utilizam os dejetos animais na produção de energia elétrica. Em 2009, uma parceria da Eletrosul, de movimentos sociais e da Unochapecó garantiu 35 biodigestores em 25 municípios do Oeste e Extremo Oeste. O custo foi de R$ 1,9 milhão. “É um ótimo exemplo de como transformar um problema, os dejetos, em solução, com uma nova matriz energética. E existem alternativas que um Estado com as características de Santa Catarina precisa investir, como a energia eólica, solar e a própria produção a partir do lixo. A Celesc, em parceria com as universidades, precisa acelerar as pesquisas nessa direção”, defende o deputado. No caso dos biodigestores, os números mostram o acerto no investimento. Santa Catarina tem a maior população de suínos do país, com cerca de 5,4 milhões de cabeças. Cada suíno tem um potencial poluente superior a quatro pessoas. Os biodigestores reduzem esse dano transformando o dejeto em energia. Ao final do processo, o resíduo é utilizado como adubo. O Estado produz por ano 19 milhões de metros cúbicos de dejetos suínos. Apenas 15% têm o manejo adequado. O biodigestor é uma câmara fechada onde a biomassa (no caso, os dejetos suínos) fermenta, produzindo gás. O \"biogás\" é uma mistura de metano, gás carbônico e outros gases, em menor quantidade. Ele pode ser utilizado para movimentar motores, geradores, moto picadeiras, resfriadores de leite, aquecedores de água, geladeiras, fogões, lampiões, lança-chamas, aquecedores para pintos e leitões, além de substituir o gás liquefeito de petróleo (GLP) na cozinha. Cássio Turra Assessoria de Imprensa do deputado Padre Pedro Baldissera (48) 3221-2726 ou 9947-2049 Www.padrepedro.com.br
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