Dos Gabinetes - Natal solicita informações ao secretário da Infraestrutura sobre condições das ponte

O deputado José Natal (PSDB) encaminhou ofício ao Deinfra, no dia 11 de fevereiro, solicitando informações a respeito das Pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Machado Salles e à segurança estrutural das mesmas. Juntamente com a Ponte Hercílio Luz (fechada para reforma), formam o complexo de ligação Ilha-Continente. A Pedro Ivo, construída pela Usiminas e inaugurada em 1982, por várias vezes, ao longo do período de construção, sofreu interrupções por problemas externos. Observação leiga revela que a parte final de descida sentido Continente-Ilha deixa visível a parte metálica estrutural, sem a devida proteção de concreto. Com um tempo maior de uso e cuja construção foi motivada pelos constantes engarrafamentos nas décadas de 60 e 70, a ponte Colombo Machado Salles foi construída sobre aterro no sentido insular, solidificando boa parte de sua estrutura. São 35 anos e a densidade populacional de Florianópolis praticamente quadruplicou. Agregado à questão do consumo (aumento da frota de veículos por habitantes) e à quantidade de empresas que, por meio da logística (transporte de insumos e mercadorias), chegam a Florianópolis, são 140 mil veículos por dia. A dúvida do deputado José Natal é a seguinte: com os constantes engarrafamentos, onde caminhões com cargas pesadas e ônibus coletivos que param na extensão das vias das pontes, as bases de sustentação são objetos de estudos por parte do departamento competente? Está sendo feita a manutenção periódica do complexo de ligação, uma vez que a Ponte Hercílio Luz está fechada? Após o blecaute ocorrido em Florianópolis em 2003, a preocupação com a conservação estrutural das pontes tomou maior proporção. Ambas (Pedro Ivo e Colombo Salles) serviam como um canal de comunicação, via cabo, da energia elétrica que abastecia a Ilha de Florianópolis. A maior parte dessa energia era transmitida via Ponte Colombo Machado Salles. Muito se tem falado a respeito da segurança das pontes Colombo Machado Salles e Pedro Ivo Campos, que têm 35 e 12 anos, respectivamente. Por isso, o deputado José Natal (PSDB), em ofício expedido ao secretário Mauro Mariani, de Infraestrutura, externou a preocupação com a segurança das bases de sustentação das pontes que fazem parte do Complexo de Ligação Ilha Continente. A argumentação do documento é simples: com um fluxo diário de 140 mil veículos ao dia, a sobrecarga de veículos nas pontes não gera riscos? Vários veículos de carga pesada e ônibus coletivos que param por minutos nos engarrafamentos, corriqueiros, não abalam a estrutura de sustentação das pontes? Com essa justificativa, a preocupação é latente. Segue a íntegra do documento expedido ao Deinfra. Ofício 021/10 Florianópolis, 10 de fevereiro de 2010 Exmo. Sr. Deputado Mauro Mariani DD. Secretário da Infra Estrutura Florianópolis – SC Senhor Secretário, Sendo o DEINFRA vinculado a essa Secretaria, trago à tona um assunto que entendo de significativa relevância, também dos florianopolitanos, catarinenses, turistas brasileiros e estrangeiros que convivem e/ou passeiam na querida Capital de Santa Catarina. No ano de 2007, foram pautas de discussões as pontes que ligam a ilha ao continente, e vice-versa, Colombo Machado Salles e Pedro Ivo Campos, no que concerne ao seu sistema de segurança longitudinal – lateral. Isto se deu em decorrência da queda de um veículo da ponte Colombo Machado Salles, fazendo valer um dilema: aumenta-se ou não o tamanho dos guard-rails e das defensas metálicas, prejudicando a visão de um dos mais belos cartões postais de Florianópolis, a Ponte Hercílio Luz, ou se continua convivendo com riscos. No meu entender prevaleceu o bom senso e medidas foram tomadas objetivando a manutenção do princípio da garantia e da segurança dos que trafegam pelas respectivas pontes. Ao analisarmos o fluxo diário de veículos que transitam nas mesmas, número hoje estimado em cento e quarenta mil veículos/dia, preocupa-me os constantes engarrafamentos existentes e o sobrepeso que a estrutura das pontes suportam quando milhares de veículos, inclusive de cargas e de transportes coletivos, param literalmente vários minutos sobre as mesmas. Da real efetiva construção da ponte Colombo Salles já se passaram 35 anos e o fluxo de veículos e a densidade populacional de Florianópolis praticamente quadruplicou, somado a isto o aumento do potencial turístico da capital e o significante aumento do comercio e da indústria, faz-me incorporar a dúvida: a mesma possui capacidade estrutural para suportar tal situação e por quanto tempo, se não forem tomadas providências? A mesma indagação é passível de ser feita em relação à ponte Pedro Ivo Campos, passados 12 anos de sua construção. Para isto basta relembrar os problemas que se deram durante sua construção: a USIMINAS parando as obras, retomando-as e por fim repassando-as a outra empresa mineira à conclusão. Até hoje, a olho nu, verifica-se que as suas armações de aço não foram cobertas com concreto, estando expostas as intempéries do tempo. Existem silêncios que são insuportavelmente barulhentos. Não tenho conhecimento, assim como creio que a grande maioria dos que residem em Florianópolis e na região também, da real situação estrutural das pontes Colombo Machado Salles e Pedro Ivo Campos, não no sentido levantado pelo Tribunal de Contas em 2007, mas sim da parte da engenharia estrutural. Assim, solicito a adoção de providências imediatas visando à execução de estudos técnicos especializados e posterior divulgação dos respectivos, bem como o repasse de informações de quando foi feito o ultimo estudo estrutural (incluso as devidas manutenções) e, ainda, se há critérios temporais para os feitos em tela. Não poderia deixar o momento e também questionar o por que da não fiscalização da pesagem dos caminhões que transitam sobre as pontes, pois é aterrorizante saber que veículos com 40 toneladas transitam livremente nas respectivas. Na expectativa da manifestação de V. Exa., subscrevo, Atenciosamente, Deputado José Natal Pereira - PSDB