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12/04/2010 - 16h35min

Dos Gabinetes - Último exilado político brasileiro chega à capital nesta sexta-feira

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Desembarca nesta sexta-feira, perto do meio dia, no aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, Edilton Swarovski, que se supõe ser o último exilado político brasileiro que ainda vivia no exterior. A família de Edilton, catarinense de Caçador, recorreu ao deputado Reno Caramori (PP) para possibilitar a volta ao Brasil, já que o ex-marinheiro se encontra com problemas graves de saúde e sem condições financeiras para retornar. Sua mãe, que já passa dos 90 anos, também expressou ao deputado Reno que desejava muito ver o filho. A interveniência do deputado Reno, através de assessores em Brasília e da Alesc, chegou ao Itamaraty. Na sexta-feira a família e o deputado Reno recepcionam Edilton no aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis. Um requerimento apresentado em março pelo deputado Reno Caramori e dirigido ao ministro das Relações Exteriores, embaixador Celso Amorim, foi o primeiro passo para tentar reverter a dramática situação de Edilton, exilado político desde 1964, e que residia em Querétaro, no México. Com 69 anos, doente, debilitado e pesando pouco mais de 40 kg, a situação de Edilton sensibilizou o parlamentar catarinense que decidiu tomar a ponta das ações para trazer o caçadorense de volta ao Brasil. Ex-marinheiro, Edilton foi acusado de “prática de motim e atos de subversão” na Associação dos Marinheiros e Fuzileiros, no Rio de Janeiro, e preso, quando reivindicava melhores condições de alimentação a bordo, em março de 1964. Edilton Swarovski foi torturado e perseguido antes de fugir para o México. Naquele país constituiu família e, após a morte de sua segunda mulher, passou a apresentar sinais do mal de Parkinson. Hoje, debilitado, com medo de ser perseguido novamente, o catarinense vive de favores e de uma pequena pensão que recebe do governo do México, onde segue como asilado político. Edilton Swarovsky foi anistiado pela Lei 6683, de 28 de agosto de 1979. Diante do agravamento do estado de saúde de Edilton e de sua mãe, a família intensificou os esforços na tentativa de trazer o parente de volta ao Brasil. Entretanto, a dificuldade do ex-marinheiro em se locomover e os entraves burocráticos estão impedindo de trazê-lo de volta. O pedido de interferência feito à Assembleia Legislativa, através do deputado Reno Caramori, traz novas esperanças à família para solucionar o caso. O ÚLTIMO Em agosto do ano passado, o Ministério da Justiça anunciou com festa o repatriamento de Antonio Geraldo da Costa, o Neguinho, que vivia com nome falso na Suíça e que seria o último exilado político brasileiro. Na oportunidade, o governo afirmava ter fechado um ciclo, fazendo justiça a uma série de desrespeitos aos direitos humanos cometidos durante o governo militar contra cidadãos que se opunham ao regime militar. Agora, o governo federal, através do Itamaraty, precisa agir rápido para refazer a história e fazer justiça com Edilton, cujo estado de saúde é extremamente grave. De acordo com os parentes de Edilton que tentam seu repatriamento, o ex-marinheiro ainda teme falar sobre os fatos que o levaram ao exílio, mas não perdeu a dignidade. Mesmo sustentando-se com a pensão de sua ex-mulher, mexicana, Edilton afirma só voltar ao Brasil se puder viver dignamente, com recursos próprios. Recusa-se desta forma a viver de favores, assim como se nega a falar do que passou no Brasil, durante o tempo em que esteve preso. Os parentes de Edilton, dois sobrinhos, dizem que a burocracia para repatriar o catarinense é extremamente demorada e exigente, sendo o fato de Edilton ter uma receita fixa (a aposentadoria da ex-mulher), um dos empecilhos para a interferência do Itamaraty. Segundo eles, o benefício só é concedido para indigentes, situação em que Edilton, apesar da gravidade do seu estado, não pode ser enquadrado. Assessoria de Imprensa Deputado Reno Caramori Rua Jorge Luz Fontes, 310, Gabinete 117- CEP 88020-900 Carlos Paniz SC 00093 JP (48) 9626 9378
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