Dos Gabinetes - Fórum discute recursos para tratamento de viciados

A ausência de políticas públicas para tratamento dos dependentes químicos foi debatida na tarde desta quarta-feira (27), no gabinete do deputado Ismael dos Santos (PSD), presidente do Fórum Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas. Atualmente o estado de Santa Catarina não aplica nenhum recurso no tratamento e na reinserção dos doentes dependentes de crack, álcool ou outras drogas, através do terceiro setor que conta atualmente com mais de 100 entidades, presentes em todas as regiões. Clovis Benevides, secretário de política antidrogas de Minas Gerais, apresentou aos presentes às políticas públicas desenvolvidas naquele estado, que atualmente é a maior referencia em atenção aos problemas decorrentes do uso de substâncias psicoativas. Em janeiro, o deputado Ismael apresentou ao governador Raimundo Colombo um projeto de atendimento aos dependentes e suas famílias, através da parceira do estado com o terceiro setor. Pelo projeto o estado irá subsidiar o atendimento de até 1.000 usuários que aderirem voluntariamente aos programas de acolhimento desenvolvidos por comunidades terapêuticas. O governador designou o secretário de Assistência Social, João José Cândido da Silva, para implementar o projeto de financiamento público apresentado pelo Fórum. Na abertura da reunião, o deputado Ismael ressaltou a importância do encontro que trouxe para a mesa de trabalho agentes de visões historicamente divergentes. Pois, técnicos ligados ao poder público e Comunidades Terapêuticas ao longo dos anos mantiveram uma relação pouco amistosa. “Maior que as convicções ideológicas de cada parte, é o problema das famílias que sofrem com as drogas. Por isso temos a obrigação de viabilizar os mecanismos que permitam as mães catarinenses conseguir tratar seus filhos viciados em drogas”, disse o parlamentar. Segundo Arsanjo Paul Colaço, presidente da Associação Catarinense das Comunidades Terapêuticas, o poder público deveria aplaudir a atuação das CTs, pois elas fazem um trabalho essencial para a sociedade, mesmo sem o devido reconhecimento por parte das autoridades. Arsanjo defende a criação de um modelo de financiamento que seja viável à realidade das comunidades. Segundo Ismael, a ideia inicial era utilizar o Fundosocial, cerca de R$ 1 milhão por mês. Todavia, o governador Colombo decidiu não acessar o Fundosocial. “Vou trabalhar com os recursos da saúde. É uma decisão política minha”, disse o governador ao deputado Ismael. O deputado ressalta ainda que como existe vontade política para resolver a questão, em pouco tempo a sociedade catarinense poderá acessar essa possibilidade de atendimento. Para receber os recursos as entidades deverão atender as normas técnicas e sanitárias além de apresentar um programa terapêutico. Participaram da reunião de trabalho os representantes do Conen/SC, Jairo Brincas e Cid Gomes, os servidores da secretaria de Estado Saúde Viviane Regina da Silva, Maria Cecilia Heckrath e Rosilene Brasil Alves, além de Denilson Rodrigues Fonseca, da Secretaria de Saúde de Criciúma. Emerson Antunes – Assessoria deputado Ismael dos Santos 47-9924-1234