Dia da Juventude Rural: Altair Silva destaca importância da permanência do jovem no campo
Nesta quarta-feira (16), data em que celebramos o Dia Estadual da Juventude Rural, o deputado Altair Silva (PP), presidente da Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural da Assembleia Legislativa, destaca a importância da permanência dos jovens no campo e a relevância de buscar maneiras de barrar o êxodo rural.
De acordo com o parlamentar, a atividade agropecuária precisa de inovações, tecnologias e novas práticas, além de sustentabilidade e diversificação das atividades, iniciativas que costumam ser implementadas pela juventude e que vão ao encontro da necessidade de pensar e executar o trabalho rural de forma mais dinâmica.
“Precisamos elaborar políticas públicas que incentivem essa permanência. Por isso, temos o projeto de lei 20/2020 em tramitação na Alesc que busca criar essa medida em Santa Catarina. Ele tem o objetivo de dar condições para a escolha do campo como lugar para viver e para que os jovens façam da agricultura a sua profissão. Também prevê a qualificação da juventude para a realização do trabalho rural”, explica Altair Silva.
A proposta segue quatro diretrizes. A primeira refere-se à ação conjunta entre os órgãos públicos para oferecer uma formação integral e adequada à realidade agropecuária para que a juventude possa atuar com qualificação técnica e administrativa. Outras duas dizem respeito à criação de ações permanentes para fomentar o sentimento de comunidade e de espírito associativo, bem como a melhoria da qualidade de vida de todos os agricultores por meio de conhecimentos técnicos e populares.
Por fim, a última diretriz visa o desenvolvimento de práticas capazes de organizar o conjunto de ações e políticas públicas em diversas áreas, como agricultura, saúde, educação, esporte, lazer e cultura, incentivando a permanência dos jovens no meio rural.
Segundo dados da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), a agropecuária é responsável por 30% do PIB do Estado e por 64,4% dos produtos exportados. No ano passado, o setor movimentou R$ 7,5 bilhões em negócios com mais de cem países.
Por outro lado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou em 2017 que Santa Catarina contava com pouco mais de 183 mil estabelecimentos agropecuários, 10 mil a menos do que o registrado em 2006. O Censo Agropecuário do IBGE também demonstrou que a população rural estava envelhecendo. Do total de propriedades, quase 139 mil eram geridas por pessoas com mais de 45 anos.
“Manter a juventude no campo é um caminho para o progresso e para o fortalecimento rural no futuro. É papel do poder público criar políticas que integram o campo ao desenvolvimento econômico do país, evitando que as áreas rurais sejam esvaziadas e enfraquecidas”, finaliza Altair Silva.
Vinicius Eduardo Schneider e Larissa Martinelli
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