Deputado Sargento Soares defende reitora da UFSC
Mais uma vez o deputado Sargento Amauri Soares (PSOL) retomou a reflexão sobre o incidente envolvendo policiais e estudantes na Universidade Federal (UFSC) e apresentou provas de que a reitora Roselane Neckel combate o tráfico de drogas na instituição. O parlamentar leu em plenário notícia publicada no jornal "Diário Catarinense", que informa que o comandante o 4º Batalhão da PM, coronel Carlos Araújo Gomes, sugeriu à reitora para reforçar sua segurança pessoal porque os traficantes do entorno da universidade estão "insatisfeitos" com sua a eleição.
A publicação ainda noticia que a mandatária realizou um trabalho contra as drogas durante oito anos quando foi diretora do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, localizado ao lado do bosque da UFSC, local do confronto.
A informação do comandante, afirma o parlamentar, é prova de que a reitora "não é conivente com o uso e o tráfico de drogas quanto mais querer transformar a UFSC em uma república de maconheiros". "Como político e policial militar eu fiquei intrigado: qual o interesse dos traficantes na universidade? Se eles não gostaram da vitória da reitora Roselane Neckel poderia se induzir que eles gostariam que outros candidatos tivessem vencido? É muito estranho que quem tem sido ameaçada por traficantes possa ser agora acusada, de forma leviana, de aliada ao consumo de drogas na UFSC", questiona Sargento Soares.
O deputado Sargento Soares ainda acusou que existe um movimento golpista na Universidade Federal. Ele citou como exemplo a postura do ex-pró-reitor José Fletes, do Centro Tecnológico da UFSC, de pedir o impeachment da professora Roselane Neckel em carta publicada na imprensa. Segundo o parlamentar, não existe justificativa para lançar essa palavra de ordem. "Houve um esforço imenso, com práticas protelatórias, para que as contas da universidade não fossem aprovadas, com a intenção de colocar em cheque a atual administração", afirmou Soares, apontando outro exemplo. "Há articulações de lideranças de professores que historicamente se pretenderam se desenhar como do campo popular e de esquerda com figuras reconhecidamente da direita e mais conservadoras. A comunidade universitária não pode cair em armadilhas", disse.
Alexandre Silva Brandão
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