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14/03/2013 - 13h32min

Deputado faz homenagem a Manoel Alves Ribeiro

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Foto: Fábio Queiróz

Nascido em 13 de março 1903, o militante comunista catarinense Manoel Alves Ribeiro recebeu homenagem do deputado Sargento Amauri Soares (PDT) na manhã de quinta-feira, 14/03. Se estivesse vivo, estaria agora com 110 anos.

Nascido em Imaruí, Sul do Estado, Mimo, como ficou conhecido, se tornou militante comunista desde os anos 1930 até o seu falecimento, em 29 de setembro de 1994. Ingressou nas fileiras do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e ficou até o rompimento com a política da direção do partido liderada por Luiz Carlos Prestes. "Como outros lutadores do povo, seu Mimo não é lembrado pela mídia e nem em cerimônias requintadas ou confrarias da classe dominante.

E nem poderia ser, visto que sempre combateu o tipo de sociedade dividida em classes. Era comunista e isso explica sua ausência nas altas rodas da sociedade. Mas ele foi imprescindível", contou Sargento Soares.

Seus últimos anos de militância política foram dedicados à construção da Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes (CCLCP) e do Instituto Cultural de Amizade e Solidariedade aos Povos (Icasp), do qual se tornou o presidente de honra. Fundado em 1985, o instituto desenvolvia um trabalho de solidariedade aos povos da América Central e Caribe.

Operário, Manoel Alves Ribeiro desde muito cedo trabalhou em mina de carvão, no Sul catarinense, e na construção da ponte Hercílio Luz, hoje cartão postal de Florianópolis, cidade para qual se mudou quando era jovem. Ele morou em várias localidades no Morro da Cruz e no bairro Tapera, onde hospedou diversos militantes perseguidos pela ditadura.

Como militante do PCB, visitou a União Soviética a convite do Partido Comunista da União Soviética (PCUS). Testemunhou, dessa forma, a construção da sociedade socialista soviética, sua ascensão e, nos últimos anos de vida, a desintegração do campo socialista do Leste Europeu e da URSS.

Em sua ação política combateu o nazifascismo em nossa terra e participou da coleta de assinaturas para que o Brasil declarasse sua inimizade com Hitler. No final da década de 1950 foi eleito vereador da Câmara Municipal de Florianópolis. Com o golpe de 1964 foi perseguido, preso e viveu vários anos na clandestinidade.

Mimo escreveu um livro autobiográfico intitulado "Caminho", no qual ele conta a história da sua vida e os principais fatos políticos do século passado em que ele foi um personagem destacado. "Não é só a história da vida dele, mas a história do povo pobre do seu tempo. É um livro que precisa ser lido para conhecer uma versão da história que não é contada", explicou o deputado. "O livro conta a história de 70 anos de luta do povo brasileiro e precisa ser lido por quem tem em seu Mimo uma referência de abnegação, de disciplina, de coragem e de coerência".

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