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Deputada Luciane denuncia falta de policiais civis no Estado
Parlamentar solicita contratação imediata de novos profissionais
A deputada Luciane Carminatti (PT) solicitou ao Governador do Estado e à Secretaria de Estado da Segurança Pública, por meio de indicação aprovada na Assembleia Legislativa, a ampliação de vagas do concurso público da Polícia Civil e a convocação imediata dos aprovados. De acordo com a parlamentar, várias regiões do Estado contam com número insuficiente de efetivo para investigação e, por mais que o governo tenha realizado concurso público, o adiamento da chamada dos novos profissionais para 2016 agrava ainda mais a situação nos municípios.
A Polícia Civil registra um déficit de aproximadamente 50% de profissionais no estado. Hoje, cerca de 2.900 policiais atuam nos 295 municípios catarinenses. “No entanto, mais da metade do efetivo estão em vias e com direitos à aposentadoria e outros estão cedidos a órgãos públicos”, esclarece Luciane.
O Sindicato da Polícia Civil (Sinpol/SC) estima que hoje seria necessário um efetivo de 6.800 policiais para atender a comunidade catarinense. Na contramão, há informação de que o Governo do Estado chamará somente em março de 2016 apenas 33 novos delegados e 170 novos policiais. “Além da contratação de mais profissionais, o Governo precisa rever as estratégias de gestão da segurança pública no Estado, pois não dá mais para maquiar a situação, fazendo propaganda de que está tudo bem, quando há falhas na administração, equipamentos de investigação obsoletos e servidores desvalorizados”, ressalta a deputada, lembrando que a Polícia Militar enfrenta os mesmos problemas.
Luciane expõe a realidade de alguns municípios do oeste, que possuem número extremamente deficitário de profissionais, como é o caso das Delegacias de Polícia de Comarcas (DPCo) de Coronel Freitas (1 delegado e 1 agente), Modelo (1 delegado e 1 agente) e Pinhalzinho (1 agente e 1 escrivão). Essas Comarcas pertencem à 12ª Delegacia Regional de Polícia de Chapecó, município que registra um dos maiores índices de criminalidade no Estado.
As Delegacias de Polícia de Chapecó (1ª, 2ª e 3ª) contam com um delegado, oito agentes e seis escrivães, incluindo os que se encontram em licença para tratamento de saúde, licença-prêmio, férias ou outros afastamentos. “A população chapecoense e as empresas são diariamente alvos da violência. Muitas vezes, os crimes são recorrentes, pois os autores não são identificados por haver falta de pessoal e de equipamentos para investigação. Os criminosos não temem mais os órgãos públicos de segurança. Portanto, o governo precisa tomar atitudes imediatas, ainda mais neste período em que a segurança pública das regiões não litorâneas fica mais desguarnecida. Somente do oeste serão designados cerca de 300 policiais militares para a Operação Veraneio”, conclui a deputada.
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