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CIEE-SC pede que mais empresas abram portas do mercado de trabalho para adolescentes e jovens
"É importante a gente ter oportunidade de trabalho e ter nossos direitos garantidos". Esta frase foi dita por Alexandre, 17 anos, egresso de uma casa de abrigo. Ele está entre os 23 mil jovens e adolescentes inseridos no mercado de trabalho através do Centro de Integração Empresa-Escola de Santa Catarina (CIEE-SC).
Na manhã desta quinta-feira (16), o presidente do Conselho de Administração do CIEE-SC, Luiz Carlos Floriani, esteve na Assembleia Legislativa e, acompanhado por um grupo de 40 jovens beneficiados pelos serviços oferecidos pelo Centro, apresentou o Relatório de Sustentabilidade, referente ao período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2022. O deputado Jair Miotto (União), enquanto presidente da Comissão de Economia, Ciência, Tecnologia e Inovação, da Alesc, acompanhou, on-line, a apresentação e parabenizou o importante trabalho desenvolvido pelo CIEE em Santa Catarina.
O CIEE-SC é uma entidade beneficente de assistência social, sem fins lucrativos e de utilidade pública que, por meio de diversos programas, dentre eles o CIEE Aprendiz e o CIEE Estágio, abre portas para o mercado de trabalho, de madeira formal, aos adolescentes e jovens catarinenses, a partir dos 14 anos. Em atuação desde 1984, hoje possui 19 unidades em Santa Catarina e estabelece uma parceria constante com empresas, escolas e a sociedade.
De acordo com o presidente Floriani, através de seus principais programas, o CIEE-SC já atendeu mais de 50 mil adolescentes e jovens. "Destes, 22 mil já foram encaminhados para o mercado de trabalho, de acordo com o relatório de 2022. Mas, até novembro de 2023, esse número chegou a 23 mil inseridos no mercado de trabalho", destaca o presidente do CIEE-SC.
Apesar do número ser expressivo, Floriani destaca que muitos ainda aguardam uma oportunidade. "Atualmente, estimamos que 100 mil esperam por uma oportunidade. Por isso, nosso principal desafio é fazer com que as empresas abram as portas para o jovem aprendiz ou para o estagiário. Muitos destes empresários falam da falta de mão de obra. Acreditamos que a promoção da inclusão social do jovem no mundo do trabalho é fator decisivo para uma sociedade melhor e igualitária e isso só é possível com a parceria de instituições e organizações públicas e privadas", salienta o presidente do CIEE-SC.
Ele destacou, ainda, que neste momento existem mil vagas disponíveis em Santa Catarina para as áreas do ensino superior, ensino médio e técnico. O CIEE-SC tem 4,5 mil empresas parceiras, mas o número precisa ser ampliado. “Solicitamos o apoio deste Parlamento para que nos auxiliem no convencimento dos empresários catarinenses para acolher esses jovens recrutados pelo CIEE. Lembrando que todos precisam estar estudando e recebem acompanhamento no desenvolvimento pessoal, profissional e em seu ambiente familiar”, informa Floriani.
O deputado Miotto parabenizou a atuação do CIEE-SC e também o princípio de conservar valores fundamentais, entre eles, a família como base da sociedade. "O CIEE está preocupado com o futuro de nossas famílias e da comunidade. Além de contribuírem para a formação profissional dos nossos adolescentes e jovens e para o desenvolvimento econômico e social de Santa Catarina. Por isso, as empresas precisam ser parceiras de iniciativas como as do CIEE", enaltece o deputado Miotto, destacando que a Alesc é uma parceira na oferta de estágios.
Em sua fala, o deputado lembra que também foi um jovem beneficiado pelo CIEE-SC com uma oportunidade no mercado de trabalho. "Comecei a trabalhar aos nove anos. Com apoio do CIEE, aos 14 anos, ainda no ensino médio, fui estagiário na Caixa Econômica, em minha cidade Natal, São Lourenço do Oeste. Já em Chapecó, durante a faculdade, estagiei no Banco do Brasil", recorda o deputado.
