Aprovado PL que cria “dia” dos homens pelo fim da violência contra a mulher
O projeto de lei 19/2014, que cria em 6 de dezembro o Dia de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra a Mulher, foi aprovado por unanimidade, em segundo turno, nesta quarta-feira (12), na Assembleia Legislativa. A proposta, apresentada pelo deputado Padre Pedro Baldissera, é mais uma tentativa de trazer os homens para o debate sobre o fim da violência contra a mulher.
Padre Pedro coordena a Frente Parlamentar dos Homens pelo fim da violência contra a mulher em Santa Catarina. Ele argumenta que, apesar de avanços legais e em algumas ações objetivas dirigidas ao apoio à mulher vítima de violência, a questão ainda carece do envolvimento dos homens. “O que queremos com esse dia é nos unir às mobilizações nacionais, e criar uma data que chame a atenção dos homens para combater a cultura do machismo. É isto que precisamos combater, e depende de nós, homens, este debate”, afirma.
A criação do Dia de Mobilização em todos Estados é uma das definições da audiência que aconteceu no dia 13 de fevereiro deste ano, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado. A atividade reuniu as frentes do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, as primeiras do País e marcou a criação do Movimento Nacional de Homens Parlamentares pelo fim da violência contra as mulheres.
Em 2015 o objetivo é mobilizar as Câmaras de Vereadores dos municípios pela criação de frentes municipais dos homens pelo fim da violência, multiplicando as ações no interior do Estado.
A data escolhida para a mobilização, 6 de dezembro, marca um massacre ocorrido em 1989 no Canadá, quando Marc Lepine, contrariado com o fato de mulheres estudarem engenharia, abriu fogo somente contra as alunas da universidade onde estudava. O pai de Lepine era declaradamente machista.
O projeto depende apenas da sanção do governador Raimundo Colombo.
Dados alarmantes
Entre os 100 municípios com mais violência contra a mulher, cinco estão em SC. Lages, Mafra, Criciúma, Balneário Camboriú e Chapecó estão entre os primeiros em violência. Os dados estão num relatório nacional entregue à presidente Dilma em agosto de 2013. Em SC são 3,5 homicídios para cada 100 mil mulheres. A cada 46 minutos, uma mulher é vítima de violência.
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