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Ana Paula lamenta silêncio da mídia em relação ao protagonismo brasileiro
A deputada Ana Paula Lima (PT) lamentou hoje (10), durante pronunciamento no Plenário da Assembleia Legislativa, o silêncio “ensurdecedor” da grande mídia brasileira em relação ao protagonismo do país no mundo no combate à fome, à pobreza e na luta pelos direitos humanos. A parlamentar citou o fato do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva ter sido homenageado em Roma, no último sábado (06), com a Lupa Capitolina, uma escultura que representa a loba das narrativas sobre a fundação de Roma.
Na abertura da 39º Conferência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Lula lembrou que 12 anos atrás havia 11 milhões de famílias na extrema pobreza no Brasil e afirmou: “estamos vendo crescer a primeira geração de brasileiros que não conheceram o drama da fome”. Disse ainda que é necessário incluir os pobres no orçamento público e não tratá-los como estatística, mas como seres humanos.
Segundo Ana Paula, na mesma ocasião e na mesma linha do protagonismo no cenário mundial, o brasileiro José Graziano foi reeleito diretor-geral da FAO. “Graziano, que foi responsável pelo programa Fome Zero no governo Lula, foi reeleito ao cargo com votos de 177 dos 182 países reunidos na 39ª Conferência da FAO”, disse.
A parlamentar disse ainda que a ex-ministra Ideli Salvatti foi convidada pelo presidente da OEA, Luís Almagro, para assumir a secretaria de Acesso ao Direito e a equidade da entidade em Washington. “Ideli, nossa grande liderança catarinense, que já foi deputada estadual, senadora e ministra, agora ocupará um cargo de relevância internacional na área dos direitos humanos.” Segundo Ana Paula, uma indicação justa “a esta cidadã catarinense, que tem se destacado nacionalmente e que mais uma vez exercerá o cargo com competência e seriedade.”
Ana Paula disse que a mídia incita a população a ficar contra o Brasil e os brasileiros, que ignora e não oportuniza as pessoas o acesso a informações tão relevantes. “A crise parece ser apalavra mais presente na mídia, mas quase sempre com a conotação de perigo e não de oportunidade”, afirmou citando o vocábulo chinês 'wei-chi', onde estão embutidos os dois termos. “Apostam na crise em duas dimensões: econômica e política.”
Segundo Ana Paula, na economia não é possível desprezar, como fazem alguns, o panorama global, no qual, por exemplo, a economia dos Estados Unidos sofreu um baque no primeiro trimestre, e encolheu 0,7% frente ao trimestre anterior, em termos anualizados. “É preciso entender que num mundo globalizado as dificuldades também se generalizam”, lembrou.
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