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Uma vida ligada à escola pública mais tradicional de Blumenau
O céu nublado sobre Blumenau, no dia 7 de abril de 2022, o cansaço após as atividades daquela semana no Parlamento, em Florianópolis, seguidas por um roteiro em Joinville e o retorno para casa na noite anterior não tiraram o bom humor do deputado Ricardo Alba (União). A visita dos pais, Leonir e Cleide, que foram tomar o café da manhã com ele e Janaina, sua esposa, era motivo de alegria. Uma felicidade tão grande quanto o orgulho ao contar que, em pouco tempo, a mesa terá mais um integrante. Maria Clara, primeira filha, será a quarta neta na família.
A conversa animada com Janaina, o pai e a mãe – que lembraram histórias dos tempos do bairro Ribeirão Fresco, onde ele cresceu, da infância e da adolescência ao lado de duas irmãs e um irmão – não teve longa duração, pois a lista de compromissos para aquela quinta-feira era extensa. E no deslocamento para o local da primeira agenda surgiram as informações iniciais sobre a Escola de Educação Básica Pedro II, que pode ser citada não só como a origem de toda essa reportagem, mas como o início da história de Alba.
Afinal, foi onde Leonir, professor de sociologia e filosofia, conheceu Cleide, que lecionava história. “Lá se apaixonaram. Depois casaram, e continuaram trabalhando juntos. Anos depois, em 1985, meu pai foi o primeiro diretor eleito de uma escola pública em Santa Catarina, exercendo a função por 16 anos”, contou o deputado.
E dos tempos de estudante surgiu mais uma informação pouco conhecida do menino que, na vida adulta, buscaria o protagonismo ao entrar para a política. Raquel Carla Florentino Koehler, atual diretora da escola, ex-aluna de Leonir e que ensinou inglês para Alba, recordou que o agora parlamentar teve uma fase dedicada à natação, esporte que rendeu a ele medalhas e até um título de campeão sul-brasileiro. Outra lembrança com origem no educandário é o primeiro trabalho, aos 15 anos de idade, quando atuou fazendo fotocópias.
“Ele é um grande parceiro da nossa escola. Conseguiu a grande reforma de 2020 e eu considero uma honra ter sido sua professora quando o pai dele era diretor, alguém que sempre foi uma referência para mim”, citou Raquel. A diretora – que também estudou no colégio e chegou a ser colega da mãe de Alba como professora – comentou que, em 133 anos de história, o Pedro II já formou muitos blumenauenses que se destacaram no município e em Santa Catarina. Ver um deles trabalhando na Assembleia Legislativa do Estado, assegurou, “é um orgulho”.
Com tantos laços com a escola, Alba fez questão de incluir a unidade de ensino entre sua pauta de trabalho na Alesc. Por meio de um convênio com o governo do Estado ele conseguiu R$ 2 milhões para a reforma geral realizada em 2020 na mais tradicional escola pública de Blumenau. “Vivi muito aqui. Do pré ao terceiro ano, fui aluno e sou filho de professores. Meus tios, primos e sobrinhos estudaram aqui. Fiz estágio no contraturno, criei muitas amizades para a vida inteira. Não poderia esquecer disso e da relevância do colégio para a cidade a para toda a região”, explicou.
