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25/11/2016 - 15h28min

Assembleia homenageia Aprasc, policiais e bombeiros feridos em serviço

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A Assembleia Legislativa homenageou os policiais militares e bombeiros feridos em serviço, bem como a Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (Aprasc), na noite desta quinta-feira (24). “Nesta homenagem se confundem a comemoração dos 15 anos de conquistas da Aprasc, com a valorização das pessoas que no trabalho, a serviço do povo, foram feridas e ficaram com sequelas”, justificou Dirceu Dresch (PT), autor do pedido da sessão especial que comoveu aqueles que acorreram ao plenário Osni Régis.

O 2º sargento PM Jakson Huntemann representou os homenageados e revelou que o dia mais importante da sua vida não foi aquele que o condenou a viver em uma cadeira-de-rodas, mas quando decidiu pela carreira militar. “Segui o exemplo do meu pai e a partir do primeiro momento em que você veste a farda cáqui, está exposto ao risco. Fui vítima de um condutor negligente, logo nós que somos duramente criticados pelas operações de trânsito, nos dizem ‘vão prender bandidos’. E o que era aquele condutor? Se não fosse a camaradagem dos colegas, eu e estes companheiros seríamos esquecidos pela sociedade, por isso momentos como este devem ser enaltecidos”, ponderou Huntemann.

Para o presidente da Associação Nacional de Praças (Anaspra), cabo PMSC Elisandro Lotin, apesar dos feridos em serviço serem chamados de heróis, não se pode perder de vista a condição humana dos agentes de segurança. “Não somos heróis, somos profissionais, pais de família, cidadãos, com problemas como todo mundo, que sofremos como todos, neste momento bem mais, porque a polícia virou alvo, nunca se matou tanto policial, nunca teve tanto policial ferido e os governos ainda querem tirar nosso direitos, é preciso respeitar os profissionais da segurança pública”, defendeu Lotin.

Edson Garcia Fortuna, presidente da Aprasc, cobrou o reconhecimento do sacrifício dos colegas e uma legislação para proteger os agentes de segurança em serviço. “Talvez bastasse dizer muito obrigado para cada um, claro, uma placa ou um certificado materializa esse obrigado, mas ter a sociedade reconhecendo aqueles que são feridos em serviço é o ideal. Tem muita gente ferida que está em casa sem condições de sair”, argumentou o presidente da Associação de Praças de Santa Catarina.

15 anos da Aprasc
Lisandro Lotin, que já presidiu a Aprasc, lembrou os primeiros movimentos em defesa dos direitos dos praças. “Ver a Aprasc com 15 anos é voltar ao passado, a gente construiu isso com muito suor, vejo o (sargento Amauri) Soares, o J. Costa, nós mudamos a história da segurança pública de Santa Catarina e lutamos por algo que o ser humano sempre luta: justiça, respeito e dignidade.”

Dirceu Dresch destacou a organização e a coragem dos pioneiros. “Se organizaram e lutaram por melhores condições de trabalho, mas também para aumentar o número de policiais, a população aumentou, os problemas sociais cresceram, aumentado ainda mais a violência e causando um grande transtorno para a sociedade e para os servidores da segurança pública”, avaliou Dresch.

Primeiro presidente
O ex-deputado Amauri Soares, primeiro presidente da Aprasc, foi homenageado pelos colegas. “Soares, acho que o principal homenageado é você: abriu mão da carreira, da tua vida e se dedicou aos praças. Como deputado manteve a honradez e a honestidade tão cobrada dos homens públicos e que está tão em falta hoje em dia. Ainda há homens e mulheres honestos que fazem a diferença na sociedade”, informou Edson Garcia.

Quatro histórias
O cabo PM Ademir Amâncio ficou paraplégico aos 42 anos. Em 27 de outubro de 1995 ele ajudou a guinchar um micro ônibus da Polícia Militar que estava na Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis. O micro ônibus despencou do guincho e caiu sobre ele. Ademir  fraturou duas vértebras (toráxica e lombar). Hoje, aos 63 anos, vive em uma cadeira-de-rodas.

O soldado PM Rodrigo da Silva Martins ficou tetraplégico aos 24 anos. Em 2004, ao atender uma ocorrência em Criciúma, foi atingido por projétil de arma de fogo. A bala perfurou seu pescoço.

O 1º sargento da PM Valmir Bressan Camargo atuava na Operação Veraneio de 2012 quando teve 50% do corpo queimado. Na noite de 2 de janeiro daquele ano, Fábio Bevilaqua, 30 anos, entrou com gasolina na agência do Banco do Brasil de Abelardo Luz, no centro da cidade, incendiando os caixas eletrônicos. Ao impedir a ação, Camargo teve queimaduras de 1º e 2º graus e devido à gravidade dos ferimentos foi transferido para Joinville, onde ficou hospitalizado por vários meses, passando por mais de 20 cirurgias. Fábio Bevilaqua não resistiu aos ferimentos e acabou falecendo. Ele sofria de esquizofrenia há vários anos.

O soldado PM Cleverson Francisco Alves foi atacado em 10 de outubro deste ano com uma foice. Ele tentou conter um paciente em surto em Volta Grande, interior de Rio Negrinho, e ficou com sequelas neurológicas em razão dos golpes que levou na cabeça. Ainda se recupera dos ferimentos.

Policiais e bombeiros feridos em serviço

  • Soldado PM Alzemiro Cardoso de Aguiar
  • Soldado PM Cleverson Francisco Alves
  • Soldado PM Everton Simas
  • Soldado PM Fabiano de Meseses
  • Soldado PM Adelson Henrique Hammes
  • Cabo PM Divo Souza
  • Cabo PM Jairo Moacir dos Santos
  • 2º Sargento PM Jakson Huntemann
  • 1º Sargento PM Valmir Bressan Camargo

Policiais e bombeiros homenageados por relevantes serviços prestados

  • Soldado PM Anderson Chaves
  • Soldado PM Gesiel de Souza Pedro
  • Soldado PM Hilário Ermínio Thomas
  • Soldado PM Mauro Feltrin
  • Soldado PM Nilson dos Santos Liz
  • Soldado PM Rodrigo da Silva Martins
  • Soldado PM Sebastião Pedroso Ortiz
  • Soldado PM Rodrigo da Silva Martins
  • Soldado CBM Sidinei Claudio Dalmas
  • Cabo PM Ademir José Amâncio
  • Cabo PM Samoel Espindola Pereira
  • 3º Sargento PM Geovanio Braz Pereira
  • 2º Sargento PM Sidnei Jos;e Ficagna
  • 1º Sargento Pedro Morosini
  • 3º Sargento CBM Celso Luiz Ferro
  • 1º Sargento CBM Vitorino Lamarque
Vítor Santos
Agência AL

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