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13/03/2019 - 18h13min

Tragédia em Suzano é destaque no plenário

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FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL

O massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), ocorrido na manhã desta quarta-feira (13), que resultou em pelo menos oito pessoas mortas, entre alunos, professores e funcionários, depois que dois atiradores invadiram a escola e se mataram em seguida, dominou os discursos na tribuna da Assembleia Legislativa. A tragédia foi tema de pronunciamento da deputada Ada de Luca (MDB), que já ocupou o cargo de secretária de Estado da Justiça e Cidadania, prestando solidariedade aos familiares das vítimas e alertando sobre a violência desenfreada no país.

“Temos que criar políticas públicas para prevenir essa violência desenfreada. O papel do parlamento é buscar essa prevenção. Hoje foi em São Paulo e amanhã pode ser outro estado. Temos que trabalhar com as crianças nas escolas, não é normal as crianças postarem fotos com armas nas redes sociais. Não é normal esse tipo de tragédia”, lamentou Ada de Luca.

A deputada Paulinha (PDT) falou que como mãe se emocionou com a tragédia e que casos como esse não podem ser tratados como normais. “A violência gratuita não pode continuar. Penso que temos que ter políticas públicas que venham atender essas crianças, acabar com a violência.”

Ismael dos Santos (PSD) ressaltou que há toda uma crise de ética no Brasil, que passa pelas pessoas, na casa delas, pela comunicação, pela televisão, que estimula a violência. Para o deputado Mauricio Eskudlark (PR), O Brasil todo está chocado com a tragédia de Suzano, e que em sua opinião o distanciamento dos pais, dos professores, com as crianças, preocupa. “Quando as crianças se isolam nos quartos, às vezes um abraço resolve. Vamos entender daqui para frente o que aconteceu.”

Presidente da União Nacional de Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), o deputado Kennedy Nunes (PSD) informou que a entidade divulgou nota lamentando a tragédia e pedindo que todas as Assembleias Legislativas promovam, por meio das comissões de educação, um debate sobre a violência nas escolas.

A deputada Luciane Carminatti (PT) defendeu a valorização da cultura da paz e que a tragédia deve servir de alerta de como está a violência nas escolas. Fernando Krelling (MDB) também manifestou solidariedade aos pais das crianças e também defendeu adoção de políticas públicas para tentar evitar tragédias como essa ocorrida em Suzano.
O deputado Sargento Lima (PSL) disse que se nesta escola em Suzano tivesse segurança armado essa tragédia poderia ter sido evitada e a deputada Ana Campagnolo (PSL) também manifestou solidariedade aos parentes das vítimas.

Armas para agentes socioeducativos
Sargento Lima falou da importância do porte de arma para agentes de segurança socioeducativos em Santa Catarina. Ele enfatizou que esse profissional atua diretamente com menores criminosos, muitos deles pertencentes a facções criminosas, inclusive ocupando cargos de liderança, mas não podem ter armas para se defenderem. “Qual a diferença entre um agente penitenciário e um agente de segurança socioeducativo?” Para o parlamentar, além de não poderem ter o direito de porte de armas, os agentes socioeducativos sofrem com pronunciamentos de “especialistas” que defendem que eles não possam nem ter equipamentos de proteção.
O deputado Jessé Lopes (PSL) manifestou apoio ao pronunciamento e lembrou que no mês passado, em Cocal do Sul, um policial da Polícia Militar, ao levar seu filho à escola, ficou cercado por um grupo de menores revoltados com prisão de um traficante. “Essa situação ocorreu com um policial, imagine o que sofrem os agentes de segurança socioeducativos em Santa Catarina.”

Defesa da honra
Ana Caroline Campagnolo retornou à tribuna para defender a sua honra, falando dos comentários em uma matéria publicada na página oficial da Assembleia Legislativa sobre o lançamento do seu livro “Feminismo: Perversão e Subversão”. A parlamentar mostrou ataques feitos por feministas que, segundo ela, teriam curso superior e não aceitam o fato dela ser livre para defender sua opinião.
Como professora de história, Ana Campagnolo fez um relato do movimento feminista, que muitas vezes roga para si o reconhecimento dos direitos das mulheres, enfatizando que muitas delas desconhecem a realidade do movimento que defendem. Ela afirmou que o movimento feminista começou numa igreja, em 1848, nos EUA, e que muitas mulheres não queriam nem ter o direito do voto na época.
Sobre os ataques, a deputada falou ainda que não vai aceitar a falácia de que foi eleita graças ao movimento feminista e reforçou a tese que defende, de que não são os homens os algozes das mulheres. O deputado Sargento Lima expressou sua solidariedade à colega.

Direitos das mulheres e o caso Marielle Franco
Luciane Carminatti destacou que o mundo todo tem acompanhado o caso da morte da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, e que todos querem saber quem foi que mandou matar e por qual motivo. “Não estamos falando de um acidente de trânsito e sim de uma parlamentar que foi executada com quatro tiros na cabeça. Um ano para chegar à prisão. É um caso que envergonha o Brasil”, lamentou.

Para a deputada, a demora em concluir as investigações e a violência no Brasil faz com que ela possa entender os motivos que levaram o ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) e a ex-candidata ao governo do Rio de Janeiro, Márcia Tiburi (PT), a deixar o Brasil. “Em nome de todos os parlamentes ameaçados, nós precisamos combater todas as formas de violência.”

A petista também falou sobre a importância da luta das mulheres e defendeu o movimento feminista. Ela destacou decisão do governo argentino, onde as mulheres terão uma cota de 50% das vagas no Congresso a partir das eleições de outubro deste ano. A medida foi implantada por meio de decreto do presidente Mauricio Macri, publicado na última sexta-feira (8). O decreto, na verdade, eleva a cota de 30% para 50%. Atualmente as mulheres têm uma representação de 39% das cadeiras no parlamento argentino.  “Quero ver um dia neste parlamento o que foi decidido na Argentina. Paridade de gênero e que bom quando podemos nos ver como iguais. Não há melhores.”

Turismo em Balneário Camboriú
Mauricio Eskudlark ocupou a tribuna para defender investimentos no turismo em Santa Catarina. Segundo o parlamentar, o Brasil já perdeu muito por não investir em turismo de navegação, como o que vem sendo feito em Balneário Camboriú, com a proposta de implantação de um porto turístico completo pela Ports Developed by Shiphandlers (PDBS), empresa idealizadora do BC Port.
Eskudlark explicou que a proposta é captar navios de cruzeiros marítimos da rota entre o Brasil e o extremo Sul da Argentina e que o projeto do BC Port inclui um píer para transatlânticos, shopping e hotel na Barra Sul, em Balneário Camboriú. Foi apresentado durante a sessão um vídeo sobre o investimento turístico. Os deputados Nilso Berlanda (PR) e o vice-presidente da Casa, Mauro de Nadal (MDB), parabenizaram a iniciativa e ressaltaram a importância deste investimento para o desenvolvimento dos municípios da região.

A falta de estagiários no IGP
A decisão do governo do Estado em não renovar contrato com empresas que disponibilizam estagiários no Instituto Geral de Perícias (IGP) foi criticada por Kennedy Nunes. Para ele, a situação está dificultando a vida dos catarinenses em conseguir a carteira de identidade ou sua segunda via. “O prazo antes era de 15 dias, agora não há nem prazo.”
Segundo o parlamentar, os estagiários que antes faziam o trabalho para confecção da carteira de identidade ou sua segunda via custariam ao governo mensalmente R$ 2 mil, em média, mas agora quem está realizando esse serviço são policiais civis, que passaram no concurso público para serem investigadores, e que em média recebem R$ 20 mil mensalmente. “Que jeito novo de governar é esse?”
O deputado joinvillense falou que sabe que o governo do Estado divulgou uma nota explicando que não renovou os contratos por ordem do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Os deputados Fernando Krelling e Luciane Carminatti também manifestaram sua preocupação com a situação. Eles lembraram que o serviço está sendo prejudicado em todo estado. “Policiais estão saindo da rua para fazerem um serviço burocrático. Não poderiam ter cortado esse contrato e o governo deveria explicar ao TCE a situação”, disse Krelling. Para Luciane Carminatti, o governo deveria pensar mais, antes de demitir. “Em Chapecó, na delegacia regional existiam 21 funcionários, agora com apenas cinco servidores terão que fazer todo esse serviço."

Investimentos na BR 280
Deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB) revelou que recebeu a informação do secretário da Casa Civil, Douglas Borba, de que as obras no trecho estadualizado da BR-280, entre Jaraguá do Sul e Guaramirim, serão incluídas no financiamento do governo do Estado junto ao BNDES. “Conforme compromisso assumido pelo secretário Douglas Borba, que falou em nome do governador Carlos Moisés, em visita ao nosso gabinete na tarde desta quarta-feira, a obra está incluída entre dez obras prioritárias do governo do Estado.”

 

 

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