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24/04/2015 - 13h48min

Programa oferece qualificação a jovens que estão em casas abrigo

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Rudnei (d) é um dos jovens atendidos pelo Novos Caminhos, desenvolvido pelo Fiesc, TJ e AMC. FOTO: Eduardo Guedes de Oliveira/Agência AL

Prestes a completar 15 anos de idade, o jovem Rudnei Samúdio, é econômico nas palavras. O sul-matogrossense prefere não falar dos motivos que o levaram a uma casa de acolhimento de Palhoça, na Grande Florianópolis, no fim do ano passado. O que lhe sobra em timidez, no entanto, não lhe falta em dedicação ao curso de aprendizagem industrial de eletricista de instalações prediais, na unidade do Senai de São José, iniciado em fevereiro.

Rudnei é um dos jovens de 14 a 18 anos de Santa Catarina atendidos pelo Programa Novos Caminhos, desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) e Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC). O objetivo do programa, iniciado em 2013, é oferecer orientação e qualificação profissionais a adolescentes nessa faixa etária que estão em casas abrigo espalhadas pelo estado.

“Muitas dessas crianças foram afastadas de suas famílias. Quando completam 18 anos, são obrigadas a deixar esses abrigos e saem sem nenhuma qualificação, nenhum preparo. Nosso objetivo é lhes proporcionar uma formação profissional intermediário, que as habilite a iniciar um trabalho”, explica o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte.

Conforme o dirigente, alguns adolescentes que foram atendidos pelo programa já foram empregados pelo setor industrial. “A avaliação do setor é muito positiva. Os jovens saem com a formação profissional e também com noções de responsabilidade, ética e integridade. O programa dá uma formação de cidadania e profissional para um universo de crianças que, de outra forma, ficariam marginalizadas, teriam muita dificuldade de conseguir um bom emprego, comenta Côrte.

Na prática
Os jovens atendidos pelo Programa Novos Caminhos são encaminhados para as qualificações conforme suas aptidões e interesses. Além dos cursos técnicos, de qualificação profissional e de aprendizagem industrial do Senai, eles podem passar pelos cursos de educação continuada ou pelo EJA, além do Programa Profissional do Futuro, desenvolvido pelo IEL/SC.

Na unidade do Senai de São José, responsável também pelo atendimento em Palhoça, Rudnei Samúdio é um dos 12 adolescentes atendidos pelo Novos Caminhos. Ele descobriu o programa por meio de um folheto deixado no abrigo onde reside desde o fim do ano passado. “Quando cheguei aqui, já sabia que queria o curso de eletricista. Quero trabalhar com isso”, diz.

O gerente técnico de educação do Senai São José, Ricardo Anzolin, afirma que os jovens atendidos pelo programa têm apresentado, até o momento, resultados dentro do esperado. “Se identificarmos um caso de dificuldade de aprendizagem, temos uma equipe de profissionais, além das pessoas responsáveis pelo abrigo e assistentes sociais, que nos dão informações e acompanham todo o desenvolvimento desse adolescente”, afirma o gerente.

O Novos Caminhos já foi implantado nas regiões de Blumenau, Chapecó, Criciúma, Grande Florianópolis, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville, Lages, São Bento do Sul e São Miguel do Oeste. Neste ano, ele chegará também a Brusque, Caçador, Joaçaba, Rio do Sul e Tubarão. Conforme o TJSC, em Santa Catarina, são 1.392 crianças e adolescentes atendidas por 179 serviços de acolhimento.

Marcelo Espinoza
Agência AL

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