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17/08/2017 - 16h58min

Postura conservadora dá à mulher melhor resultado em investimentos de longo prazo

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A gestora financeira Annalisa Blando Dal Zotto

De acordo com a gestora financeira Annalisa Blando Dal Zotto, que proferiu palestra no 3º Empreende Mulher Catarinense, organizado pelo Sistema Facisc/CEME e realizado nesta quinta-feira (17) na Assembleia Legislativa, a mulher tem uma postura conservadora na hora de investir, assegurando mais rentabilidade no médio e longo prazos.

“Como a mulher é mais preocupada com o futuro que o homem, quando se torna investidora consegue melhor resultado no longo prazo. Conforme uma pesquisa americana, as mulheres investidoras são conservadoras, procuram menor exposição ao risco, possuem paciência e visão de longo prazo, não ficam comprando e vendendo o tempo todo e dedicam mais tempo de estudo para escolher suas aplicações”.

“A gente acha que sabe menos, não tem coragem de dirigir investimentos e por isso delega aos homens, mas por que não se empoderar do ponto de vista financeiro? Cerca de 5% da base de investimentos da minha empresa é mulher, uma pergunta para o pai,outra para o irmão, outra consulta o ex-marido! E os homens acham que sabem mais do que realmente sabem, então faz mais sentido se empoderar e ajudar os homens nessa ousadia deles, do que delegar”, argumentou Annalisa.

Empreender por necessidade
Segundo a gestora financeira, 54% das mulheres empreendem por necessidade. “Aos 17 casei com esportista, mudamos de cidade várias vezes, tivemos um filho, vim morar em Florianópolis e comecei a fazer reformas, comprava casas e reformava para vender. Tinha 30 anos, quem é que ia dar emprego para mim? Fui empreender por necessidade”, revelou.

Além disso, Annalisa explicou que no Brasil 75% das mulheres fazem a gestão do orçamento doméstico, 74% são responsáveis pelas compras da casa, 50% conseguem poupar e 38% têm planilha de controle financeiro. “O Itaú fez uma pesquisa e das mulheres que conseguem guardar, 45% usam a poupança para emergências, 29% para planejar o futuro e 55% investem em previdência privada, imóveis, renda fixa e caderneta, os investimentos mais conservadores”, enfatizou.

Mudança nos hábitos de consumo
Annalisa destacou que para começar a poupar é preciso antes mudar hábitos de consumo.
“O objetivo não é parar de consumir, mas consumir bem, porque a gente não está consumindo dinheiro, está consumindo vida, se dedica horas e horas trabalhando para ganhar esse dinheiro, essa é uma reflexão importante. Quando uma empresa vai mal, corta custo, demite. Nas finanças pessoais é diferente, meu ponto fraco é  ir para shopping, gosto de comprar roupa e sapato, mas se eu não quero gastar, não vou”, ensinou.

Como viver de renda?
Em um país que pratica os juros mais altos do mundo, viver de renda é possível.
“Viver de renda, como se constrói isso? Gastando menos do que se ganha, sabendo investir bem, estabelecendo um conjunto de ativos, inclusive previdência, o INSS, por exemplo, é um bom investimento, para ter renda equivalente em outra aplicação vai ser preciso correr bastante risco”, garantiu Annalise.

A gestora financeira também apontou como boas fontes de renda o direito autoral, aluguel comercial, títulos públicos e o tesouro direto. “Imóvel pode ser bom e ruim, o imóvel residencial não é bom gerador de renda, vai dar manutenção, então se é para gerar renda, o imóvel comercial é melhor. O residencial é bom para comprar na planta e vender, mas tem de entender disso”, assegurou.

Reserva de segurança
Annalise sugeriu que as pessoas disponham de uma reserva de segurança, o bastante para bancar de três a seis meses de despesas.
“A reserva de segurança precisa ter liquidez diária, para que possa ser utilizada imediatamente. A dica é Tesouro/Selic e fundos de renda fixa se a taxa de manutenção for baixinha”.


 

Vítor Santos
Agência AL

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