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14/08/2018 - 12h15min

Manutenção do idioma espanhol nas escolas é defendida em audiência

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Audiência foi proposta para discutir coletivamente as possibilidades legais de manutenção do ensino de espanhol, pelo menos no nível médio

A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa promoveu audiência pública, na manhã desta terça-feira (14), no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright, para debater a oferta da disciplina de espanhol na rede básica de ensino. A audiência foi solicitada pela Associação dos Professores de Espanhol do Estado de Santa Catarina (Apeesc) em função da possibilidade de retirada do espanhol da nova Base Nacional Curricular Comum (BNCC) apresentada pelo Ministério da Educação (MEC).

A proposta da nova BNCC, em discussão no país, retira do estudante a possibilidade de optar pelo espanhol como língua estrangeira e impõe a língua inglesa como disciplina obrigatória. Na opinião da presidente da Comissão de Educação, deputada Luciane Carminatti (PT), isso seria um retrocesso, uma decisão de dar as costas para o restante da América Latina. “Como não falar espanhol, quando somos vizinhos de tantos países de língua hispânica?”

A retirada do espanhol da BNCC foi rejeitada durante audiência pública realizada pelo MEC em Santa Catarina e em outros estados do Brasil, de acordo com a deputada. Rio Grande do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo criaram movimentos de resistência e resgate da oferta obrigatória do idioma.

O vice-presidente da Apeesc, Diogo Moreno Pereira, destacou que atualmente os alunos do ensino médio têm o direito de escolher entre o inglês e o espanhol como idioma estrangeiro a ser estudado. O espanhol também é oferecido no ensino fundamental, em alguns municípios e escolas. Conforme o dirigente da associação, a audiência pública foi proposta como oportunidade para pensar coletivamente possibilidades legais de manutenção do ensino de espanhol, pelo menos no nível médio. “O ideal é que tivéssemos todas as possibilidades de educação dentro da escola”, frisou.

O espanhol tem 80% de similaridade com o português, portanto, é a língua mais fácil para o brasileiro aprender, de acordo com a professora aposentada Elsa Nuñes, que possui doutorado e atualmente leciona português e espanhol para refugiados. Na opinião dela, a diminuição da oferta de idiomas no currículo emburrece a população. “Não estou aqui defendendo o espanhol, estou defendendo a educação de qualidade.” Elsa acrescentou que em Florianópolis, por ser uma cidade turística, os alunos precisam sair do nível médio com o mínimo de conhecimento em inglês e espanhol. Mais de 80% do turismo que chega ao Brasil é hispanofalante.

Encaminhamentos
Ao final dos debates, a plenária aprovou diversos encaminhamentos, sendo o primeiro deles uma diretriz de luta pela manutenção dos investimentos em educação. Os outros encaminhamentos incluem a elaboração de um projeto de lei em defesa da língua espanhola nas escolas de educação básica; o envio de documentos e moções ao Conselho Estadual de Educação, à Secretaria de Estado da Educação (SED), ausente na audiência pública, e ao MEC; a formação de uma comissão de trabalho composta por representantes das instituições presentes para coletar informações e dados; e a elaboração de pedidos de informação para subsidiar a comissão de trabalho.

Lisandrea Costa
Agência AL

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