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27/05/2009 - 14h53min

Emir Sader fala da crise mundial e da estruturação da América Latina

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Palestra com Emir Sader e lançamento do livro
Na palestra “Para onde caminha o outro mundo possível – crise mundial e as perspectivas na América Latina”, o sociólogo Emir Sader comentou que hoje há uma linha divisória na crise mundial. Segundo ele, está entre os países que assinaram tratados de livre comércio regionais e aqueles que o fizeram com os Estados Unidos. Neste contexto destaca os países da América do Sul, que estão conseguindo atravessar, de maneira menos turbulenta, a crise mundial, em função da sua estruturação econômica num bloco comercial regional, o Mercosul. Sader esteve ontem à noite (26) na Assembleia Legislativa a convite dos deputados petistas Jailson Lima e Pedro Uczai, com apoio da bancada e do diretório estadual do partido. A situação descrita por ele é contrária à de alguns países latinos, como o México. Voltado mais para sua economia interna, firmou acordo com os Estados Unidos e ficou dependente em cerca de 90% daquele país em suas relações comerciais. “Até então o México era autossustentável na produção de milho, principal grão da sua alimentação, mas que, com o acordo comercial com os Estados Unidos, está sendo usado para a produção de bicombustível. Esse é um dos efeitos brutais dessa relação desigual”, disse Emir Sader. Outro aspecto abordado pelo sociólogo foi a mudança do cenário político da América Latina. De acordo com ele, este é o continente em que mais surgiram governos neoliberais. Porém, na década atual o cenário é totalmente oposto: só na América do Sul existem cinco presidentes declaradamente de esquerda que buscam traçar um projeto de integração nacional independente dos norte-americanos. “Esta é a vitória de uma concepção política. De governos que buscam alternativas ao modelo neoliberal”, disse. Emir acredita que Bolívia, Venezuela, Equador e Cuba estão imprimindo um ritmo mais forte na ruptura do modelo político com o surgimento de novos governos baseados no modelo solidário, com participação dos movimentos sociais, antes criminalizados. “É neste contexto que devemos discutir o Brasil que a gente quer. Tem que ter mobilização popular, consciência crítica, fortalecimento do mercado interno e das políticas sociais”, diz Emir. Ele acrescenta que, mesmo nesta concepção, a recuperação da crise será lenta. O sociólogo também fez breve comentário de que até agora o governo federal tinha dinheiro suficiente para fazer política social e atender os empréstimos para outros países, mas que deverá optar entre a área social e o capital. (Scheila Dziedzic/Divulgação Alesc)
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