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27/10/2020 - 17h13min

Deputados criticam nota da Facisc e dão sugestões à governadora interina

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FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL

Deputados do PSD, PSDB, PL e MDB criticaram nota da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) com reparos à atuação dos deputados no processo de impeachment, enquanto representantes do PSL e do PSD ofereceram sugestões à primeira governadora interina barriga verde na sessão de terça-feira (27) da Assembleia Legislativa.

“Não me acovardo atrás de instituições para achincalhar quem quer que seja. O senhor (Jonny Zulauf) não tem o meu respeito quando diz que o impeachment é fruto de um complô político comparado a um motim naval, uma irresponsabilidade dos parlamentares”, reagiu Milton Hobus (PSD), acrescentando que oficiará Zulauf para que esclareça quais conversas não republicanas testemunhou.

Marcos Vieira (PSDB), Maurício Eskudlark (PL) e Valdir Cobalchini (MDB) concordaram com o representante de Rio do Sul.

“Vossa Excelência participa da entidade, é o próprio membro da entidade contestando a nota do seu presidente, muito apropriada a sua fala”, avaliou Vieira, que também desafiou o presidente da Facisc a “vir a público apontar quais conversas não republicanas foram feitas”.

“Quando lia nota confesso que não acreditei, vindo de um presidente que está presidente, um empresário a favor de jogar debaixo do tapete denúncias tão graves, preferia chamar os deputados de omissos? Ou se equivocou, ou teve maldade nas palavras, ou quis buscar um populismo imediato”, declarou Eskudlark.

“Quando li também não acreditei se realmente era a Facisc, mas tinha o timbre da Facisc, não era fake news. Vários presidentes de associações fizeram contato para dizer que não concordam com a manifestação, que ele fez em seu nome”, afirmou Cobalchini.

Já a deputada Ana Campagnolo (PSL) e Kennedy Nunes (PSD) sugeriram pautas à governadora interina Daniela Reinehr, que assumiu o cargo com o afastamento temporário do titular, Carlos Moisés.

“Espero que a governadora seja uma mulher de direita, conservadora e bolsonarista”, discursou Ana, informando em seguida que protocolou ofício sugerindo à Chefe do Poder Executivo que priorize o ensino domiciliar e a identidade estudantil digital.

“A carteira de identificação estudantil de Santa Catarina será totalmente gratuita e digital, foi uma das melhores ideias que o presidente Bolsonaro teve no ano passado, a ideia é do presidente, então é uma das melhores chances dela mostrar que está alinhada com o governo federal. É uma oportunidade para que prove que é sim uma bolsonarista e que o militante conservador, cristão e de direita não está vendo um déjà-vu”, ponderou Ana.

Kennedy Nunes seguiu a colega e sugeriu que a nova governadora “dê aumento para a Polícia Militar”.

Ex-líder
A deputada Paulinha (PDT) informou os colegas que não exerce mais a função de líder do governo na Casa do Povo.

“Comunico oficialmente que entreguei nesta terça-feira a função de líder do governo como gesto de delicadeza à governadora, para que possa conduzir o diálogo com o Parlamento da forma que lhe aprouver”, anunciou Paulinha, que desejou à governadora interina lucidez, discernimento e sabedoria. “Me coloco à disposição para continuar servindo ao estado, fora da condição de líder”.

Altair Silva (PP), Doutor Vicente Caropreso (PSDB) e Marlene Fengler (PSD) elogiaram a colega.

“O líder sempre se forja na dificuldade, quero parabenizar o teu trabalho, a forma harmônica, o respeito às posições divergentes, Vossa Excelência conduziu a liderança do governo no momento mais difícil”, reconheceu Altair.

“Realmente destes a volta por cima, em que pese os tempos turbulentos”, declarou Caropreso, que sugeriu aos colegas abandonar a divisão dos últimos meses para “se preocupar com temas relevantes do Legislativo”.

“Manifesto minha admiração e respeito pelo trabalho de líder, é bom ver uma mulher de coragem, de fibra, Vossa Excelência se manteve firme, trabalhando por aquilo que acreditava”, sustentou Marlene.

Homenagem à Polícia Civil
Maurício Eskudlark homenageou a Polícia Civil na tribuna e destacou a resolutividade dos homicídios no estado.

“A Polícia Civil de Santa Catarina entre as três com melhor resolutividade, isso se deve ao trabalho dos profissionais, crimes que aparentemente são insolúveis, eles conseguem trazer esclarecimentos aos fatos. Em Chapecó temos 100% de resolutividade nos crimes de homicídio. Em Florianópolis temos o melhor índice de resolutividade entre capitais”, comemorou o ex-chefe da Polícia Civil.

Pauta para a Assembleia
Valdir Cobalchini (MDB) sugeriu que a Assembleia Legislativa abrace a pauta do desenvolvimento econômico e indicou que há R$ 40 bi em investimentos esperando por uma licença ambiental.

“(O atraso nas licenças) atravanca e burocratiza o desenvolvimento, precisamos destravar, tem R$ 40 bi na gaveta esperando que licenças ambientais sejam concedidas para viabilizar inúmeros empreendimentos”, garantiu Cobalchini, que defendeu a concessão de licença ambiental por compromisso (LAC).

“Não é possível que continuemos com estruturas consolidadas sem que esses projetos sejam renovadas automaticamente, tem pedidos a um ano esperando para serem liberados, é um atraso para o desenvolvimento”, concordou Moacir Sopelsa (MDB).

“Estamos esquecendo do nosso papel enquanto homens públicos, estamos numa seara divergente do que seria a lógica, que é facilitar a vida do cidadão, para que as pessoas possam fazer investimentos de forma ágil. Vemos uma morosidade muito grande da máquina, indo na contramão do interesse do investidor”, argumentou Mauro de Nadal (MDB), vice-presidente da Casa.

“Quero fazer coro às muito ponderadas e pontuais manifestações dos deputados, porque de fato é um absurdo termos PIB represado esperando uma licença. R$ 40 bi é mais do que o orçamento do Estado, isso é emprego, renda e estamos parados em burocracia”, lamentou Bruno Souza (Novo).

 

Vítor Santos
Agência AL

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