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06/03/2018 - 17h53min

Deputados comparam gastos das ADRs e divergem sobre fim das regionais

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Padre Pedro Baldissera (PT) destacou a campanha da fraternidade 2018
FOTO: Solon Soares/Agência AL

Membros das bancadas do PT, PSDB, PRB, PR e PMDB compararam os gastos de pessoal e custeio, mas divergiram acerca da extinção das agências de desenvolvimento regionais (ADRs) na sessão desta terça-feira (6).

“As ADRs foram um grande fracasso, uma grande enganação. A ADR de Blumenau, em 2017, teve um gasto com pessoal de R$ 6 milhões e outras despesas de R$ 10 milhões, totalizando R$ 16 milhões, mas os investimentos foram de R$ 586 mil”, denunciou Ana Paula Lima (PT), que defendeu a extinção das agências.

Em Concórdia, segundo a parlamentar, os gastos com pessoal e custeio atingiram R$ 10 milhões, enquanto os investimentos não ultrapassaram R$ 265 mil.

Maurício Eskudlark (PR) concordou com a deputada e citou o caso da implantação da oncologia no Hospital Regional de São Miguel do Oeste.

“Em São Miguel gastaram nove milhões para manter a ADR e investiram R$ 400 mil. Não seria mais lógico investir esses nove milhões na região? Para a oncologia do Hospital Regional faltam R$ 2 milhões”, comparou o parlamentar.

Roberto Salum (PRB) defendeu a extinção das agências, mas sugeriu comparar a criação de cargos políticos nos governos estadual e federal.

“Mandei levantar o número de assessores que o presidente Lula e Dilma criaram nos doze anos, para fazer um paralelo com os discursos, não com as regionais, que eu sou completamente contra”, afirmou Salum.

Manoel Mota (PMDB) discordou dos colegas.

“O fechamento das agências regionais vai diminuir cinco cargos comissionados, o resto já é do governo, é da saúde, da educação, já é despesa do governo. Os comissionados não dá nem R$ 100 mil, todas as ADRs são assim”, garantiu Mota, que classificou a criação das secretarias regionais pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira em 2003 uma “revolução”.

“As ADRs têm comissionados e concursados, desativando as ADRs os concursados vão continuar na folha, eles são funcionários e não podem ser demitidos”, concordou Serafim Venzon (PSDB).

Operação Trapaça
Natalino Lázare (Podemos) advertiu os colegas sobre a gravidade dos problemas trazidos à tona pela operação Trapaça, deflagrada pela Polícia Federal para investigar fraudes em análises laboratoriais de carnes de frango.

“Se a Polícia Federal está investigando, o fato deve ser de muita gravidade, confio na PF, o que está sendo feito errado tem de ser punido e corrigido mesmo, mas precisamos preservar os que são bons, não podemos comprometer o grande agronegócio de Santa Catarina, estamos na iminência de ver o agronegócio arranhado, vai afetar a todos, não apenas a BRF, mas todos os que praticam o agronegócio”, avaliou Natalino.

Segundo presidente da Comissão de Agricultura, os lideres do agronegócio estão preocupados com as consequências.

“Imagine se este setor por conta disso sofrer um colapso? A cadeia produtiva vai sofrer”, insistiu Natalino.

Dirceu Dresch (PT) também destacou os efeitos da operação e afirmou que a investida foi pensada nos Estados Unidos para enfraquecer o país no mercado de carnes.

“A destruição da economia e de empresas faz parte da grande estratégia articulada pelos EUA, que vem sendo conduzida passa-a-passo nessa grande disputa do mercado mundial de carnes. Querem sugar da América Latina o sangue, o suor e as riquezas. É complexo de vira-lata: se eu não posso ser grande, chego junto de um grande e penso que sou grande”, discursou Dresch.

“Quero lamentar a operação feita em cima dos frigoríficos, pela forma como foi feita, criando uma rede de informações que vai prejudicar muito a cadeia produtiva da carne, principalmente em Santa Catarina. Os efeitos no mercado exterior atingem em cheio o estado”, analisou José Milton Scheffer (PP).

Campanha da fraternidade
Padre Pedro Baldissera (PT) lembrou na tribuna a sessão especial realizada na noite de segunda-feira alusiva à campanha da fraternidade 2018.

“Que país desejamos e queremos? Que modelo de país? Ou nos alimentamos de um estado de bem-estar social ou de um estado policial e penal. Por isso que devemos nos desafiar a construir alternativas e estratégias, com ações concretas para promover o estado do bem estar social, uma sociedade alimentada e sustentada pelos princípios da justiça”, argumentou Padre Pedro.

Dois projetos
Rodrigo Minotto (PDT) afirmou que o país está dividido em dois projetos: o estado de bem-estar social e o estado mínimo.

“A pátria está dividida em dois projetos: o das forças populares e progressistas que defendem o estado de bem estar social e do outro lado as forças conservadoras, que defendem o estado mínimo. Em nome da austeridade promovem reformas que subtraem direitos dos trabalhadores e cortam recursos da saúde e da educação, favorecendo o rentismo”, criticou.

Pedido de informação ao Detran
Roberto Salum informou que fez pedido de informação ao Detran para “tentar” diminuir as blitze de trânsito.

“O Detran tem 30 dias para se manifestar sobre o vergonhoso contrato, cinco municípios estão dando dinheiro de rodo para uma empresa particular. A PM, ao invés de trabalhar para o estado, está trabalhando para o empresário. Apreensão de veículos cabe ao diretor do Detran, é apreensão administrativa, a PM alega que faz através de convênio”, relatou Salum.

Arma para policial aposentado
Roberto Salum defendeu que a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) doe aos policiais civis e militares que se aposentam a arma utilizada pelo agente na ativa.

“Vou amanhã a Brasília e apresentarei a ideia a sete deputados e dois senadores para que policial aposentado leve para casa a sua arma, para que sirva de proteção”, explicou Salum.

Em apartes, Antonio Aguiar (PMDB), Manoel Mota e Maurício Eskudlark apoiaram a proposta.

Centralização da central de atendimentos
Maurício Eskudlark criticou a intenção do Executivo de centralizar em Florianópolis os atendimentos de ocorrências do Corpo de Bombeiros.

“Hoje liga no 193 e cai no bombeiro mais próximo, o cidadão dá os detalhes dessa ocorrência e o atendente vai conseguir identificar o local. Com a centralização a central daqui aciona a central de lá, vão ter de continuar na central, só que ao invés de receber direto da testemunha e da vítima, vão receber de Florianópolis”, descreveu o deputado.

Projetos parados
Salum reclamou na tribuna sobre projetos de leis que apresentou e que estão parados na Casa. Entre eles, a obrigatoriedade das empresas de telefonia de implantarem unidade de atendimento presencial nos municípios com mais de 20 mil habitantes e dos Pet Shops e hospitais veterinários informarem à polícia os casos de maus tratos aos animais.

"Estão girando pela Casa”, desabafou Salum.

Crise do arroz
José Milton Scheffer informou os colegas que viajará a Brasília nesta quarta-feira para acompanhar produtores de arroz em audiência no Ministério da Agricultura.

“Pagam R$ 40 para produzir e estão vendendo a R$ 32, situação que está levando à falência mais 10 mil produtores de arroz do estado”, justificou Scheffer.

Prédio da Assembleia
Mário Marcondes (PMDB) repercutiu pedido de informações do juiz titular da Fazenda Pública de Florianópolis sobre o prédio comprado pela Alesc.

“O juiz quer saber quais foram os estudos técnicos preliminares conduzidos pela coordenadoria de serviços técnicos da Alesc que apontaram os requisitos mínimos necessários à aquisição do imóvel, ou seja, as justificativas para área mínima construída, distância da Alesc, pé direito de 2,80 metros, 120 vagas de garagem e que a edificação já estivesse construída”, informou Marcondes.

Segundo o deputado, o magistrado deu prazo de cinco dias para o Legislativo responder às indagações.

“Espero que as justificativas sejam as melhores possíveis, mas vamos conseguir a liminar para sustar os pagamentos”, afirmou Marcondes.

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