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05/04/2017 - 17h51min

Depressão associada à piora da economia preocupa deputados

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FOTO: Solon Soares/Agência AL

Os parlamentares demonstraram preocupação com o aumento dos casos de depressão associados à crise econômica e com as dificuldades de caixa enfrentadas pelo sistema de saúde público na sessão desta quarta-feira (5) da Assembleia Legislativa. “Se os direitos dos trabalhadores forem usurpados por este governo haverá uma epidemia de depressão. Quando você perde benefícios conquistados há décadas, a tendência é que o trabalhador entre em um quadro psíquico perigoso”, alertou Cesar Valduga (PCdoB).

Neodi Saretta (PT) lembrou da depressão ao falar do Dia Mundial da Saúde, celebrado na próxima sexta-feira (7), e ressaltou a importância de conversar com os depressivos. Além disso, o deputado avaliou que o atual sistema de saúde também está doente. “O sistema público no estado está esgotado, precisa de melhoria e reforços. Faltam medicamentos, leitos, inclusive de UTI e de UTI neonatal, tem fila de espera para mamografia, vários hospitais correm risco de fechamento por falta de recursos. Não há o que comemorar, mas muito para refletir e agir”, propôs Saretta.

Fernando Coruja (PMDB) criticou a forma como o Executivo administra os recursos da saúde. “Precisamos exigir que o governo repasse o dinheiro no momento adequado e que a gestão dos recursos seja feita pela Secretaria de Saúde e não pela Fazenda. Assim, o gerenciamento é feito por motivos outros que não a saúde”, disparou o deputado, que destacou o aumento dos percentuais do orçamento do estado destinados à saúde de 12% para 15%, aprovado em 2016.

Valduga concordou com Coruja e demonstrou surpresa com detalhes de como são gastos os recursos. “Chamaram minha atenção os repasses, pensava que era mais descentralizado, mas o secretário Vicente Caropreso (PSDB) informou que dois terços ficam na Capital e somente um terço vai para o interior”, revelou Valduga, que defendeu investimento regionalizado.

Mário Marcondes (PSDB) ponderou a quantidade de veículos das secretarias municipais de saúde que vêm para Florianópolis. “É só olhar para a Via Expressa, para o estacionamento do Hospital Regional de São José, são pessoas que vêm fazer tratamento, exames e cirurgias”, argumentou Marcondes, elogiando em seguida o credenciamento do Hospital Regional de São Miguel do Oeste para realização de cirurgias oncológicas. “As pessoas não vão precisar viajar até Chapecó”, informou o deputado, acrescentando que o início do atendimento está previsto para o segundo semestre.

Rotatividade de cargos
Dirceu Dresch (PT) informou que o Partido dos Trabalhadores permitirá, a partir desta legislatura, o exercício de apenas três mandatos no mesmo cargo pelos filiados. “A rotatividade contribui para a democracia”, justificou Dresch, que enumerou outras regras do PT, como a renovação de todos os diretórios municipais através do voto direto dos filiados, a paridade entre homem e mulher nas direções e uma cota mínima de 20% para jovens.

De acordo com o representante de Saudades, o PT defende o voto em lista, o financiamento público das campanhas, o fim do financiamento empresarial e uma constituinte exclusiva para aprovar a reforma política. “Os deputados eleitos por este sistema não vão fazer a reforma política”, enfatizou o parlamentar.

Chapecoense x Atlético Nacional
Altair Silva (PP) repercutiu na tribuna o jogo histórico ocorrido na noite de terça-feira no estádio Índio Condá, em Chapecó, entre a Chapecoense e o Atlético Nacional pela Recopa. “Foi uma oportunidade de retribuir o que Medellín e a Colômbia fizeram para o Brasil. Em palavras é difícil descrever tamanha emoção que vivemos lá, foi um evento em que dentro das quatro linhas a Chapecoense se sobressaiu. A vitória coroou o evento, saímos do estádio emocionados”, confessou Altair.

Santa Catarina & Missiones
Altair Silva elogiou a criação de uma câmara temática integrada por representantes de Santa Catarina e da província argentina de Missiones objetivando agilizar a integração regional. “Com o Mercosul se pensava em fronteiras abertas, mas o que ocorre, passados muitos anos, é que ainda precisamos de ‘permisso’ para entrar nos países membros”, relatou Altair.

De acordo com o representante de Chapecó, o objetivo imediato é viabilizar um corredor do milho. “O milho sairá do Paraguai, entrará na Argentina e depois em Santa Catarina por Dionísio Cerqueira. Vai chegar para as agroindústrias mais rapidamente porque é mais perto do que que buscar no Mato Grosso ou Mato Grosso do Sul”, explicou o deputado.

Notícia providencial
Valdir Cobalchini (PMDB) agradeceu as providências tomadas pelo governador do Estado em relação à rodovia que liga Porto União a Matos Costa, a SC-135. “Conforme já demonstrado pelo audiovisual apresentado pelo deputado Maurício, naquela rodovia em alguns trechos será necessário o patrolamento, só isso mostra o estado da rodovia, hoje mais uma via vicinal do que uma rodovia pavimentada. Não oferece as mínimas condições de trafegabilidade”, afirmou Cobalchini, que admitiu que os recursos previstos para a recuperação são insuficientes. “É um paliativo”, lamentou.

Cobalchini aventou a possibilidade de que partes do IPVA e das multas de trânsito passem a ser destinadas à manutenção das rodovias. “Esta Casa precisa estabelecer que parte do IPVA e das multas retorne para manter as rodovias sinalizadas, com pavimento em condições. Hoje estamos nos ajoelhando para que tapem buracos”, criticou.

Organização ineficiente
José Milton Scheffer (PP) criticou duramente a Agência de Desenvolvimento Regional de Araranguá (ADR), responsável, segundo o deputado, pelo fechamento de sete escolas nos municípios de Sombrio e Balneário Gaivota, no Sul do estado. “A falta de estrutura, de vontade e de organização deixa a gente perplexo”, declarou o deputado.

Segundo Scheffer, a Vigilância Sanitária e o Corpo de Bombeiros notificaram as escolas, mas como as providências não foram tomadas o juiz local determinou a interdição. “De lá para cá, levamos mais de dez dias para detectar que a ADR não tinha condições de orçar e identificar o que faltava em cada escola, tivemos de pedir a intervenção do secretário de Educação e do governador, são mais de 2,8 mil alunos sem aulas há quase 30 dias, um prejuízo incalculável”, avaliou o representante de Sombrio.

Scheffer cobrou a correção da deficiência técnica da ADR de Araranguá. “Não conseguiu realizar a obra pela falta de técnicos. Queremos menos políticos e mais engenheiros e advogados nas ADRs para que a sociedade seja atendida”, propôs o parlamentar, que convocou os agentes públicos locais a trabalhar para “as coisas acontecerem”, uma vez que há recursos para resolver os problemas apontados pela Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros.

Vítor Santos
Agência AL

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