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05/02/2020 - 17h09min

Alesc repudia tratamento dado a deputado na Secretaria de Infraestrutura

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Deputado Valdir Cobalchini
FOTO: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Julio Garcia (PSD), anunciou durante a primeira sessão ordinária de 2020, realizada nesta quarta-feira (5), que a Presidência da Casa elaborou uma nota de repúdio contra o tratamento dado ao deputado Valdir Cobalchini (MDB), que foi impedido de participar de reunião com o secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Carlos Hassler.

“Ninguém é obrigado a ser político ou técnico, mas todo homem que exerce uma função pública tem de ter um mínimo de respeito e de educação. [O secretário] não teve educação. A Presidência vai elaborar uma nota de repúdio. Espero que [o governador] tome alguma atitude em relação a este ato, que não estamos acostumados a presenciar no estado”, afirmou Garcia, que falou do microfone de apartes após o relato de Cobalchini.

Segundo o representante de Caçador, ao entrar no gabinete do secretário de Infraestrutura para acompanhar o prefeito de Pinheiro Preto, foi surpreendido com um pedido do secretário para que se retirasse.

“Quando o prefeito foi chamado, como sempre faço, adentrei ao gabinete espaçoso do secretário e ele se disse surpreso com minha presença e enfatizou que o assunto era entre Estado e município e que portanto eu era um estranho, embora conhecendo o tema. O secretário pediu que me retirasse, o que fiz”, contou Cobalchini.

Vários deputados manifestaram solidariedade ao colega e advertiram o governo sobre o respeito ao Parlamento, à democracia e à representação popular.

“Estou aqui há 21 anos, foram diversos governadores, estive aqui na época em que a política era mais acirrada que hoje, governos mais radicais, mas eu nunca vi isso. Ouço seu discurso com muita tristeza, a ofensa que se faz ao parlamentar, se faz ao povo catarinense”, registrou Moacir Sopelsa (MDB), acrescentando que “se o governador concordar com isso, o custo será muito caro”.

“Estive uma única vez conversando com este secretário, e disse não volto mais aqui”, revelou Sargento Lima (PSL).

“Tenha minha solidariedade e também minha tristeza, sabe o que é isso? Amadorismo político, pessoas incompetentes em cargos importantíssimos”, avaliou Ada de Luca (MDB).

“Já aconteceu do próprio governador fazer chacota de uma demanda”, lembrou Ana Carolina Campagnolo (PSL), que relacionou o comportamento do chefe do Executivo aos dos secretários.

“Imaginem um deputado ser barrado em uma porta de secretaria”, especulou Nazareno Martins (PSB).

“Se quer ajuda do Parlamento, nos trate com respeito”, disparou Milton Hobus (PSD), que acusou o governo de ser burocrático. “Não conseguiram fazer as licitações para reformar as escolas, sobrou R$ 500 milhões, sobrando dinheiro e a burocracia não deixou fazer a licitação, cadê o governo leve?”, ironizou.

“Estive aqui neste Parlamento como suplente e numa delas vossa excelência era o secretário de Infraestrutura e mesmo sendo eu um deputado de oposição, fui bem atendido”, contou Altair Silva (PP), referindo-se a Valdir Cobalchini, que exerceu o cargo durante o primeiro mandato de Raimundo Colombo, entre 2011 e 2014.

“Todos os oradores antes de mim fizeram pesadas e merecidas criticas ao governador. Existem coisas que são protocolares, diplomáticas e a mensagem é uma missão constitucional, o governador precisa compreender que ele representa o estado, ele perdeu a oportunidade de mostrar dados. O que ele vai fazer em 2020, além de cerveja e tocar violão? Este governo não gosta de governar, não gosta da política, então sai e deixa para quem gosta. Pede para sair governador”, ironizou Naatz.

“Como presidente da Unale quero deixar o meu repúdio à atitude do secretário de Infraestrutura na ação com o deputado Cobalchini, assim como o secretário de Saúde fez com os deputados Naatz e Ismael dos Santos (PSD)”, lembrou Kennedy Nunes (PSD), aludindo a evento semelhante ocorrido em 2019.

Vítor Santos
Agência AL

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