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24/09/2015 - 17h00min

Valduga pede por solidariedade aos refugiados sírios em SC

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Deputado Cesar Valduga (PCdoB). FOTO: Eduardo Guedes de Oliveira/Agência AL

Durante a sessão plenária de quarta-feira (23) da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o deputado Cesar Valduga (PCdoB) fez um forte pronunciamento abordando o drama humanitário dos refugiados sírios, os percalços da busca por uma nova oportunidade de recomeço em outras terras, e denunciou as origens dos problemas que assolam hoje o Oriente Médio. “A tragédia que tem assolado o mundo árabe e o desastre humanitário dos refugiados, fatos recorrentes na mídia internacional, são reflexos do conflito no Oriente Médio e da falta de sensibilidade dos países europeus. Acompanhamos nas últimas semanas relatos perturbadores das condições a que são expostos aqueles que fogem da guerra em seus países. São famílias inteiras que se amontoam em pequenos botes e se lançam mar aberto em busca de paz”, afirmou o deputado.

O parlamentar citou uma cena que representa a dimensão deste drama humanitário: a imagem do corpo do menino sírio Alan Kurdi, encontrado numa praia turística da Turquia, após a família ter tentado fugir da guerra em seu país, e lembrou que já em julho de 2013, em visita a Baía de Lampedusa, na Sicília, o papa Francisco denunciou a indiferença dos países europeus com o drama dos refugiados. “Lampedusa é, ao mesmo tempo, o sonho de paz para milhares de imigrantes que se arriscam pela rota do mediterrâneo, e o exemplo de até que ponto a desumanidade dos governantes das grandes potências pode chegar”, comentou.

Sobre as causas deste desastre humanitário, Valduga afirmou que a chamada Primavera Árabe, financiada pelos Estados Unidos na corrida pelo petróleo e na promoção da indústria bélica, potencializou grupos extremistas como o Estado Islâmico, que nada tem a ver com a verdadeira fé da maioria dos árabes. “A sombra golpista que devastou o mundo árabe é a mesma que se empenha na desestabilização da democracia e da autonomia da América Latina. Um vulto assombroso e desumano paira sobre os países que não se submetem aos interesses dos grandes conglomerados empresariais, cujos emissários tem estreita relação com governos da Inglaterra, Alemanha, França e o próprio governo americano, e estes governos não se constrangem em ter suas mãos sujas do sangue desses povos”, salientou.

O governo brasileiro tem sido uma referência na efetiva solidariedade aos refugiados sírios. Esta semana, o comitê nacional para os refugiados decidiu prorrogar a regra que facilita a concessão de vistos para refugiados da síria. Em vigor há dois anos, esta regra já permitiu, até agosto deste ano, que 2.077 cidadãos sírios pudessem ter, no Brasil, a possibilidade de realizarem o sonho de uma vida de paz. Dos 8.4 mil refugiados sírios acolhidos legalmente pelas nações do mundo, um quarto está em nosso país. A Espanha acolheu 1.335, Itália 1.005, a Grécia 1.275, e os Estados Unidos, apenas 1.243.

Da mesma forma que Santa Catarina acolheu os imigrantes haitianos e senegaleses recentemente, com o empenho do governo estadual e da Secretaria de Estado de Assistência Social, é necessário também acolher os refugiados dos países árabes. “Assim como nos orgulhamos de nossos antepassados, imigrantes como estes dos países árabes, não podemos nos furtar a propor ações que contribuam para amenizar este drama humanitário”, disse Valduga.

Em Florianópolis, existe uma iniciativa do centro islâmico, coordenada pelo sheik Amin al Karan, que já acolheu, só este ano, 80 refugiados. Os maiores problemas para a adaptação dos refugiados são a dificuldade de aprender a língua, de encontrar abrigo e trabalho.

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