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28/05/2014 - 15h14min

A cada 11 minutos, uma pessoa desaparece

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Audiência coordenada pela deputada Luciane Carminatti (PT) em Joinville constrói alternativas para ajudar as famílias

“Meu coração não tem maldade, simplesmente tem saudade”. Essas palavras foram descritas pelo pai que não tem notícias do filho há oito meses, durante audiência em Joinville promovida pela presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, deputada Luciane Carminatti, para debater o desaparecimento de pessoas.

O evento reuniu, no auditório da Secretaria de Estado e Desenvolvimento Regional, familiares de desaparecidos, representantes de entidades e autoridades da Polícia Civil, Militar e Federal, Secretaria de Segurança de Joinville, Instituto Geral de Perícia, entre outros. A atividade atendeu a um pedido do Grupo de Apoio aos Familiares de Desaparecidos (Gafad), de Santa Catarina, entidade que auxilia na divulgação dos casos e também no apoio e orientação às famílias.

De acordo com a deputada Luciane, a audiência foi fundamental para entender o problema e buscar saídas para ajudar na busca e investigação do desaparecimento de pessoas. “É difícil imaginar que 200 mil pessoas desaparecem a cada ano no Brasil e que em Santa Catarina cerca de 3 mil famílias perdem algum de seus entes todos os anos”, disse a parlamentar.

Entre essas famílias está a do Wesley Lopes, desparecido há oito meses, em Joinville. O depoimento do pai comoveu a todos, pois falou da dor e da falta de respostas. “Não há pistas de onde está o meu filho. Não temos a certeza se ele está vivo, mas também não conseguimos fazer uma despedida digna”, disse emocionado Jair Lopes.

A vice-presidente do Gafad, Elodi Matilde Garcia, relatou a dificuldade que as pessoas enfrentam desde o momento em que percebem o desaparecimento de um familiar. “É uma dor tão grande ficar sem notícias de quem a gente ama e ainda maior quando não temos amparo do estado e sistemas ineficientes que protelam ainda mais o reencontro”, apontou.

Encaminhamentos

Em busca de alternativas, foi criado um grupo de trabalho envolvendo todas as entidades presentes na audiência. “Ouvimos as famílias e também as autoridades. Constatamos que não há integração de dados e falta estrutura para as policias trabalharem na investigação. Ou seja, precisamos construir políticas eficazes e cobrar apoio e investimentos dos governos para projetos educativos, a criação de um cadastro único e a modernização dos sistemas de tecnologia para a atualização de informações e comunicação entre os órgãos responsáveis”, ressaltou Luciane.

Em Santa Catarina, além da coordenadoria de Pessoas Desaparecidas, a Polícia Militar criou o SOS Desaparecidos, programa que atua na busca, divulgação e armazenamento de dados. Contribuem também para colher informações as ONGs, como a criancasdesaparecidas.org na internet, e grupos como o Gafad, que desenvolvem importante trabalho de ajuda aos familiares.

“Tenho certeza de que as famílias saíram desta audiência com mais esperança, e as autoridades saem com o compromisso de assumir a causa e encontrar meios de prestar apoio. Vamos trabalhar em conjunto para agilizar as ações”, finalizou Luciane.

 


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