Tribunal de Contas de Santa Catarina inaugura Espaço Cultural Willy Zumblick
O reconhecimento pelos relevantes serviços prestados ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento das instituições de controle público marcou a inauguração do Espaço Cultural Willy Zumblick do Tribunal de Contas de Santa Catarina, na última terça-feira (dia 10), no hall do prédio novo. A Medalha de Mérito Tribunal de Contas — a comenda máxima da Corte de Contas catarinense — foi entregue ao ex-governador do Estado Antonio Carlos Konder Reis e aos conselheiros aposentados do TCE/SC Moacir Bertoli, Luiz Suzin Marin, Otávio Gilson dos Santos e José Carlos Pacheco.
A obra do artista que dá nome ao espaço cultural está reunida na exposiçao itinerante “Willy Iluminado”, que já passou pela Assembleia Legislativa, por iniciativa do presidente em exercício do parlamento, deputado Joares Ponticelli (PP). A mostra comemora o centenário de nascimento de Willy Zumblick. São reproduções fotográficas de 32 obras com temas variados —cotidiano, folclore, tradições, cultura e religião — e emblemáticos de Zumblick, catarinense de Tubarão. "Este espaço dá continuidade as homenagens ao grande artista de Tubarão, imortalizando sua obra, assim como já fez o parlamento com uma série de iniciativas", destacou Ponticelli.
O presidente do TCE, conselheiro Salomão Ribas Junior, também reforçou que a exposição é uma justa homenagem. "Willy Zumblick é um dos maiores artistas catarinenses e o tribunal dá sua contribuição em reconhecimento de sua obra", frisou ele.
No evento também ocorreu o lançamento do livro “Políticas Públicas: o controle dos tribunais de contas”, da auditora-substituta de conselheiro do TCE/SC Sabrina Nunes Iocken. A obra — editada pela Conceito Editorial, de Florianópolis, é resultado de sua dissertação de mestrado defendida na Universidade Federal de Santa Catarina.
O homenageado
Willy Alfredo Zumblick nasceu em 26 de setembro de 1913, em Tubarão. Autodidata, desde a idade escolar se destacou como melhor aluno em desenho e pintura. Em 1937, casou-se com Célia Sá, de tradicional família da cidade, de quem sempre recebeu importante incentivo para que se dedicasse à pintura. O casal teve cinco filhos: Carlos, Roberto, Túlio, Maria Elisa, Raimundo e Marcus Geraldo.
Em 1939, em Tubarão, realizou a primeira exposição individual. A partir daí, suas centenas de telas se espalharam pelo estado, pelo Brasil e pelo mundo. Há registros de telas do pintor nos Estados Unidos, no Japão e na Espanha.
Durante os 75 anos em que se dedicou às artes, retratou em suas obras o folclore de Santa Catarina, o Contestado, a epopéia de Giuseppe e Anita Garibaldi, Boi-de-Mamão, Dança do Pau-de-Fita, as rendeiras, entre outros temas. Zumblick morreu em 3 de abril de 2008, em Tubarão, aos 94 anos.