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11/03/2009 - 17h12min

Trabalhadores coletam assinaturas para instituição de piso estadual de salário

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Coletiva sobre o novo piso estadual de salário
Representantes das centrais sindicais, federações e sindicatos de trabalhadores de Santa Catarina iniciaram na tarde desta quarta-feira (11) a coleta de assinaturas para a implantação do Piso Estadual de Salário. O anúncio foi feito na Sala de Imprensa da Assembleia Legislativa com a presença dos deputados da bancada do PT. A meta das organizações é atingir mais de 100 mil assinaturas até o dia 31 de maio, para apresentar um projeto de lei de iniciativa popular instituindo um salário mínimo no valor de R$ 587,00. Caso aprovado, cerca de 400 mil trabalhadores serão beneficiados. Desde 2006, as organizações, entre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil e a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), negociam esta implantação com o governo estadual, que ainda não encaminhou o PL ao Parlamento. O salário mínimo estadual atingirá os profissionais que não possuem sindicato ou convenção salarial. É o caso dos trabalhadores rurais, de indústrias extrativistas e beneficiamento; empresas de pesca e aquicultura; empregados domésticos; de turismo e hospitalidade; da construção civil; das indústrias de instrumentos musicais e brinquedos; de estabelecimentos hípicos; empregados motocilistas no transporte de documentos e pequenos volumes (motoboy). O coordenador Sindical do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Ivo Castanheiras, contou que o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) recebeu os trabalhadores em 2007 e se comprometeu a falar com os empresários antes de enviar o projeto à Assembleia, o que não aconteceu, bem como outra audiência que foi desmarcada e não foi remarcada. “Precisamos de 30 mil assinaturas para encaminhar um projeto de ação popular para que os parlamentares apreciem. Mas temos o compromisso de recolher mais de 100 mil. Estamos pedindo apoio a todas as bancadas”, explicou. Representando a Força Sindical, Osvaldo Mafra desabafou dizendo que Santa Catarina é o zero da BR-101, uma vez que os estados do Paraná e Rio Grande do Sul já possuem salário mínimo estadual. “O salário será um instrumento de distribuição de renda em nosso estado, que fará com que o trabalhador tenha um pouco de qualidade de vida. Não vamos admitir mais protelação deste governo”, declarou. A importância que o salário mínimo terá para a qualidade de vida e de renda para todos os catarinenses foi enfatizada pela representante da CUT, Adriana Maria Antunes de Souza, agricultora familiar. “Estamos acreditando neste projeto, mas já não acreditamos mais que ele será de origem governamental”, lamentou. Outro órgão a comungar da mesma opinião é a UGT, representada por Nicolau de Almeida. “Não podemos mais esperar a benevolência de um governo que só olhou para os empresários. Nós trabalhadores merecemos isso, independente deste governo ou do próximo, vamos continuar nossa mobilização”, finalizou. Parlamentares O líder do PT, deputado Dirceu Dresch, disse que o Estado tem condições reais de melhorar o piso salarial, considerado por ele muito baixo para um estado com índices como os de Santa Catarina. “O governo deve respeito às pessoas que trabalham no dia-a-dia ajudando Santa Catarina a vencer. Por este motivo, vamos nos empenhar na busca de assinaturas”, comentou. Para o deputado Pedro Uczai (PT), o projeto já é vitorioso pela agregação de 3 milhões de trabalhadores catarinenses representados pelas suas federações, sindicatos ou centrais sindicais. Uczai emendou dizendo que não há notícias de que houve alta inflacionária ou quebra de empresas nos estados que já implantaram salários regionais. “Com a quarta renda per capita do país, não há justificativa econômica, tampouco política, para não implentá-lo”. Também participaram da coletiva os deputados Décio Góes e Ana Paula Lima, ambos do PT. (Denise Arruda Bortolon/Divulgação Alesc)
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