Solenidade marca o centenário de nascimento do antropólogo Egon Schaden
O centenário de nascimento e trajetória do ilustre catarinense Egon Schaden, celebrado em 4 de julho, foi resgatado na noite desta quinta-feira (4) pelo Poder Legislativo. A solenidade reuniu familiares, amigos e autoridades para homenagear o pai da antropologia, como era conhecido, no Brasil.
O presidente da Casa, deputado Joares Pontecelli (PP), salientou a importância da solenidade, pontuando como um dever do Parlamento, o papel de resgatar, preservar e difundir a história de personalidades como Egon Schaden.
Nascido na pequena cidade de São Bonifácio em 1913, o antropólogo brilhou e se destacou na academia, do mundo inteiro, porém infelizmente poucos catarinenses conhecem sua trajetória de conquistas. Estamos aqui para enaltecer sua contribuição na antropologia, atribuindo mérito a todos os seus trabalhos de pesquisa na área”, ressaltou.
Entre os convidados, o professor universitário Pedro Martins, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), apresentou um breve memorial de Egon Schaden, falecido em 1991. “Nosso ilustre antropólogo deixou no meio científico brasileiro e internacional um legado de reconhecimento por seus trabalhos sobre a imigração e conflito indígena. Aluno de Claude Lévi-Strauss e mestre de nomes como a ex-primeira-dama Ruth Cardoso, foi professor e responsável pela criação de disciplinas e da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP)”, frisou. Segundo Martins, a homenagem reforça a construção da historia de Santa Catarina. “Sem dúvida uma trajetória de vida exemplar, não necessariamente para ser seguida, mas para ser conhecida”, afirmou.
Representando o homenageado, in memorian, o primogênito Reimar Schaden falou orgulhoso do trabalho realizado pelo pai e seus benefícios para o estado. “Filho mais velho do primeiro professor de São Bonifácio, o imigrante alemão Francisco Schaden, Egon foi educado em casa pelo próprio pai. Estudou astronomia, direito, esperanto, língua portuguesa e indígena, tornando-se especialista na cultura Guarani”, lembrou.
Segundo Reimar, a bolsa de estudo que recebeu do governo do Estado para cursar o ensino secundário no Colégio Catarinense, aos 14 anos, foi o que impulsionou a ser o melhor aluno, obtendo título de bacharel e domínio da Antropologia, que posteriormente o encaminhou para o curso de Filosofia, Ciências e Letras da USP, onde se formou em 1937.
Homenagem
Após os pronunciamentos, o Poder Legislativo entregou uma placa a Reimar Schaden em reconhecimento às conquistas do pai, Egon Schaden.
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