O catarinense Egon Schaden, considerado um dos pais da antropologia no Brasil, será o homenageado na sessão especial desta quinta-feira (4), na Assembleia Legislativa, às 19h. A solenidade marca os 100 anos do seu nascimento, ocorrido em São Bonifácio no dia 4 de julho de 1913.

Falecido em 1991, Egon Schaden teve sua trajetória reconhecida no meio científico brasileiro e internacional por seus trabalhos sobre a imigração e conflito indígena. Aluno de Claude Lévi-Strauss e mestre de nomes como a ex-primeira-dama Ruth Cardoso, foi professor e responsável pela criação de disciplinas e da escola de comunicação e artes da Universidade de São Paulo (USP).

Filho mais velho do primeiro professor de São Bonifácio, o imigrante alemão Francisco Schaden, Egon foi educado em casa pelo próprio pai. Estudou astronomia, direito, esperanto, língua portuguesa e indígena, tornando-se mais tarde especialista na cultura Guarani.

Aos 14 anos, Egon Schaden recebeu uma bolsa do Governo do Estado para cursar o ensino secundário no Colégio Catarinense, de onde saiu como melhor aluno e com o título de bacharel. O caminho rumo ao domínio da Antropologia começou nessa época, que posteriormente o encaminhou para o curso de Filosofia, Ciências e Letras da USP, onde se formou em 1937.