Situação da Política Pública Hospitalar de SC pauta debate na Comissão de Saúde
FOTO: Solon Soares/Agência AL
Com a participação de representantes das duas entidades protagonistas da saúde hospitalar catarinense - a Associação de Hospitais de Santa Catarina (AHESC) e a Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Estado de Santa Catarina (FEHOSC), a reunião da Comissão de Saúde na manhã desta quarta-feira (27) reafirmou a preocupação e a atenção do Parlamento com a realidade da política hospitalar de Santa Catarina.
Como pontuou o presidente do colegiado, deputado Neodi Saretta (PT), as duas entidades participam ativamente para a construção da política hospitalar catarinense.
“ E o Parlamento catarinense dá voz e apoio aos seus pleitos, principalmente, auxiliando junto ao governo do Estado, principalmente, na formulação e reformulação da chamada política hospitalar catarinense. Por isso, nós temos interesse em ouvi-los para saber como está a situação, afirmou o parlamentar.
Aporte de recursos de R$ 600 milhões
O presidente da Associação dos Hospitais do Estado (AHESC), Maurício José Souto-Maior foi reafirmou a importância da rede hospitalar filantrópica e privada para a saúde dos catarinenses, no entanto, demonstrou preocupação com a defasagem da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).
Ele ainda busca o apoio do Parlamento para conseguir manter o mesmo aporte de recursos que o governo do Estado disponibilizou no orçamento para o setor neste ano. “ Queremos manter os valores que estavam no orçamento do ano passado, que é estimado em R$ 600 milhões. Mas logicamente que se houver possibilidade de um reajuste, de um incremento, seria importante, porque a demanda na saúde tem aumentado e a população precisa ser atendida em todas as suas demandas e colocamos a rede hospitalar como grande parceira", avaliou.
Defasagem da tabela SUS
A presidente da Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Estado de Santa Catarina, Irmã Neusa Lucio Luiz, concordou com a fala de Souto-Maior.
Ela afirmou que a participação da AHESC e da FEHOSC objetivava apresentar uma radiografia completa para a Comissão de Saúde do Parlamento do trabalho desenvolvido pelas entidades em prol do fortalecimento da política hospitalar de Santa Catarina e também apresentar os desafios e os avanços do setor. Ela cita que um desafio é justamente a defasagem da tabela do SUS. Importante destacar que 70% dos atendimentos dos hospitais filantrópicos são via SUS”, disse a irmã.
É fato que grande parte dos hospitais filantrópicos têm problemas de solvência diante da defasagem da tabela SUS, que paga pela prestação de serviços. Os representantes das entidades destacaram que a situação se agravou durante a pandemia, quando os hospitais precisaram investir em mão de obra extra e os medicamentos e insumos ficaram mais caros.
Protagonismo
A Associação dos Hospitais do Estado de Santa Catarina (AHESC) conta com 121 associados, entre hospitais e clínicas de atendimento privado e prestadores de serviços ao SUS.
A Federação Brasileira de Hospitais (FBH) congrega mais de 4,2 mil hospitais em todo o país, e 70% são de pequeno e médio porte. "Então, isso mostra a importância das associações, do associativismo junto aos hospitais", reforçou Maurício Souto-Maior. Já a FEHOSC congrega hoje 136 hospitais filantrópicos de 125 cidades.
Também participaram do debate o assessor jurídico Paulo Henrique Góes e o diretor executivo Alciomar Marin, ambos da AHESC e FEHOSC. Presentes ainda os deputados doutor Vicente Caropreso (PSDB), José Milton Scheffer (PP) e Lucas Neves (Podemos).
Agência AL