Sindsaúde decide por indicativo de greve

Após a retirada de Plenário da MP 174/10, que concede gratificação aos funcionários da Saúde, em reunião, os servidores decidiram que a categoria deve manter o indicativo de greve, dando uma semana de prazo para que o governo apresente novas propostas. Uma nova reunião fica marcada para o dia 5 de maio, quando o sindicato deve avaliar com todos os servidores se partirá ou não para a greve. Servidores das mais diversas categorias do poder público estadual lotaram na tarde de hoje (28) as galerias da Assembleia para acompanhar a votação da MP 174. Estavam presentes o Sindsaúde, Aprasc (Associação dos Praças de SC), Sinte (Sindicato dos Trabalhadores em Educação), Comlutas (Coordenação Nacional de Lutas), Sindalesc (Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa do Estado de SC), entre outros. Joaninha de Oliveira, coordenadora estadual do Sinte, destacou a importância da presença das mais diversas categorias de servidores como forma de apoiar e forçar os deputados a aprovar a MP 174. Segundo ela, esta é uma luta também do setor da educação, que está há dois anos sem conseguir dialogar com o governo. Esta é a opinião também do secretário geral da Aprasc, Antônio Francisco da Silva, para quem a união das mais diversas categorias do funcionalismo público faz a diferença neste momento. “Nossa categoria também está sendo discriminada, então estamos solidários ao Sindsaúde, torcendo para que a MP seja aprovada. Deram uma gratificação de R$ 2 mil para os oficiais e R$ 250 para os praças. É um absurdo e chega a ser humilhante ver que a gratificação concedida a um oficial é maior que o salário de um praça”, protestou. Romário da Silva, secretário de formação do Sindalesc, afirmou que “este é o momento de se fazer justiça a toda uma categoria, pois no apagar das luzes de um governo quiseram favorecer apenas a uma minoria dos servidores da Saúde”. Marcha dos Catarinenses Paralelamente à mobilização das categorias sociais na Assembleia, aconteceu a Marcha dos Catarinenses, evento promovido pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) e UGT (União Geral dos Trabalhadores) para marcar a passagem do Dia Internacional em Memória das Vítimas de Doenças e Acidentes de Trabalho e protestar pela valorização do servidor público. A caminhada partiu da Praça Tancredo Neves, junto à Assembleia, por volta das 13 horas, seguindo para o centro de Florianópolis, terminando na frente do Tribunal de Justiça. (Alexandre José Back/Divulgação Alesc)