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20/09/2019 - 16h39min

Doação de medula óssea - Silvia fez do luto uma luta

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Silvia Coimbra

Os participantes do seminário de mobilização para doação de sangue e medula óssea, realizado nesta sexta-feira (20) pela Assembleia Legislativa em Araraguá, conheceram a campanha “Vista suas asas, seja doador de medula óssea” promovida pela Performance Comunicação em parceria com prefeituras, câmaras de vereadores, empresas, associações, entidades de classe, cooperativas, escolas e universidades da região.

A campanha é inspirada na vida de Letícia Conforti Rocha, que morreu em 24 de março passado, com apenas 25 anos, após perder uma batalha que travava desde os 14 – ela estava na quarta leucemia. A história de luta, resistência e sofrimento da jovem inspirou a mãe dela, a professora Silvia Coimbra, a se engajar numa campanha incansável pelo aumento no número de doações de medula óssea.

“A Letícia lutou 11 anos contra a leucemia, teve quatro leucemias, e o doador compatível com ela só apareceu quatro meses e duas semanas depois da morte”, lamentou a mãe. O doador compatível com Letícia era da Noruega, mas apareceu tarde demais.

Para a professora, no entanto, a filha “perdeu a batalha, mas não perdeu a guerra”. Isso porque, apesar da dor profunda, Silvia encontrou forças para atender um dos últimos desejos de Letícia: promover uma campanha para aumentar o número de doadores de medula. “A gente fez do nosso luto uma luta, agora em prol dessas outras pessoas que estão nos hospitais precisando também de medula óssea.”

“Eu acho fundamental que as pessoas se engajem nessa campanha e venham doar porque vão salvar muitas vidas e isso é muito importante”, finalizou.

Autotransplante
Quem também contou sua história emocionante, mas esta com final feliz, foi a oficial de Justiça Lígia Mariano. Diagnosticada com linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, ela submeteu-se a um tratamento que contou com o autotransplante.

“Eu fiquei internada fazendo quimioterapia em alta dose, sete dias na semana por 24 horas. No meio deste procedimento, eles coletaram as células boas. Continuava fazendo as quimioterapias e, no final, quando a medula estava quase zerada, estava praticamente morta, eles reintroduziram aquelas células. Isso é o autotransplante”, explicou.

A cura, no entanto, não a fez esquecer a dificuldade de encontrar um doador compatível. “Eu sempre incentivo as pessoas a doarem medula, porque se porventura um dia eu tiver câncer novamente, a única solução seria um transplante de medula heterólogo, por outra pessoa.”

Para Lígia, as pessoas têm medo de doar medula. “Quando se fala de doação de medula, acham que vai tirar um pedaço de osso das costas. Simplesmente faz um “piquezinho” e coleta sangue. Você deixa ali cadastrado”, esclareceu.

Na visão dela, “ter a oportunidade de salvar uma vida é incrível” e isso a estimula a ajudar outras pessoas. “Eu sempre incentivo e me coloco à disposição para visitar quando alguém tem um câncer, explicar, mostrar que tem vida.”

Quando Lígia teve o câncer, há cerca de 20 anos, fez todo o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), numa época em que não havia tratamento quimioterápico em Criciúma, somente em Florianópolis. “Cansei de ir às 4h da manhã para pegar fichinha, porque meu tratamento foi todo pelo SUS”, recordou.

Ciente das dificuldades pelas quais passam os pacientes oncológicos, ela vê com bons olhos a campanha pelo aumento das doações. “Essas pessoas, hoje aqui, estão de parabéns pela iniciativa e creio que vai dar um bom resultado.”

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