Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
13/08/2015 - 17h28min

Serra tem maior taxa de mortalidade infantil, com 17,33 óbitos a cada mil nascidos

Imprimir Enviar
Deputada Ana Paula Lima presidiu a audiência FOTOS: Eduardo Guedes de Oliveira/Agência AL

A região da Serra Catarinense registrou em 2014 a maior taxa de mortalidade infantil do estado, com 17,33 óbitos para cada mil nascidos vivos, contra uma média estadual de 10,02 óbitos. A revelação da Secretaria de Estado da Saúde (SES) surpreendeu os integrantes da Pastoral da Criança que participaram de audiência pública sobre a mortalidade infantil (MI) no estado, realizada pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa na tarde desta quinta-feira (13), no plenarinho Paulo Stuart Wright.

“Falta atenção primária e ela é responsabilidade dos municípios, mas estamos aqui para ajudá-los a melhorar esses indicadores”, declarou o diretor de Planejamento e Gestão da SES, Leandro Adriano de Barros, que pediu o apoio da Pastoral da Criança para baixar os índices. “Queremos reduzir para um dígito”, afirmou o diretor, revelando em seguida que além da Serra, os extremos Sul e Norte, assim como o Vale do Rio do Peixe também apresentam índices acima da média estadual.

De acordo com Lizete Contin, gerente de Atenção Básica da SES, cerca de 50% dos óbitos poderiam ser evitados. “Nós temos que dar atenção mais adequada à gestação, mas nem sempre os gestores entendem a importância”, lamentou Contin, destacando que 14,8% dos óbitos decorreram de infecções respiratórias. “Muitas vezes falta informação”, reconheceu a gerente, que sugeriu que a Pastoral da Criança atue em conjunto com as equipes de Saúde da Família (PSFs).

A coordenadora Estadual da Pastoral da Criança, Loiri Miorelli, lembrou que a missão da Pastoral é levar saúde, nutrição, educação e cidadania às mães e crianças de zero e seis anos. “Trabalhamos a qualidade da informação, capacitamos os voluntários para atuar nas suas comunidades, acompanhando gestantes e crianças até seis anos”, explicou Miorelli. Em Santa Catarina a Pastoral atende 2,5 mil gestantes e 34 mil crianças em 33 municípios.

Já nutricionista Caroline Caus Dalabona, da Pastoral da Criança de Curitiba, sugeriu atenção especial à campanha dos mil dias, que considera os nove meses de gestação (270 dias), mais os dois primeiros anos de vida (730 dias), como essenciais ao desenvolvimento da criança. “É um tempo fundamental para a prevenção de doenças futuras, como diabetes e colesterol, que podem ser prevenidos”, alertou Caroline, acrescentando que qualquer privação de nutrientes na fase intra-útero ou nos dois primeiros anos de vida terá consequências futuras.

Encaminhamentos
A deputada Ana Paula Lima (PT), presidente da Comissão de Saúde, presidiu a audiência pública e elencou os seguintes encaminhamentos para reduzir a mortalidade infantil no estado: fortalecer as investigações sobre as causas da MI; fortalecer a rede de apoio ao enfrentamento da MI; fazer com que toda unidade de saúde realize o teste da sífilis; lançar na Assembleia Legislativa a campanha dos mil dias; elaborar uma estratégia de enfrentamento da MI nas áreas de maior incidência; incentivar o parto humanizado; apoio psicológico às mães; investigar as causas da mortalidade fetal; e divulgação da lei de apoio à gravidez múltipla.

Vítor Santos
Agência AL

Voltar