Profissionais recebem treinamento sobre aparelhos auditivos
“Avaliação, seleção e indicação de aparelhos auditivos” foi o tema de palestra proferida pela fonoaudióloga Luciana Cigana, na manhã desta sexta-feira (5), segundo dia do Seminário de Atualização das Políticas Públicas na Atenção à Saúde das Pessoas com Deficiência Auditiva e Visual. O evento, realizado no Plenarinho da Assembleia Legislativa, transmite novos conhecimentos e orientações aos profissionais que compõem a rede de atendimento no estado. O seminário é promovido pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Fonoaudiólogos, pedagogos, assistentes sociais e gestores participaram da palestra e receberam treinamento sobre o funcionamento dos aparelhos, já que ajustes e detalhes do uso podem ser resolvidos no município de origem do paciente.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza aparelhos com a mesma tecnologia existente na rede particular, de acordo com a fonoaudióloga Luciana Cigana, gerente do Instituto Otovida. Ela explicou que a adaptação do paciente depende de fatores como o tempo que ficou sem ouvir, a idade e a patologia existente, por isso é essencial que seja feito um diagnóstico criterioso e um bom acompanhamento da adaptação do paciente ao aparelho.
Voltar a ouvir com a ajuda de um aparelho de amplificação sonora pode levar algum tempo. “Engloba um trabalho de equipe bem completo porque, muitas vezes, o paciente fica muito tempo sem ouvir e ele tem a expectativa de que no outro dia já vai ter sua audição restabelecida. O sistema auditivo precisa de estímulo. Quando o paciente começa a usar o aparelho, ele começa num nível mais suave para que o nervo auditivo possa se adaptar, e aos poucos a gente vai aumentando, até chegar ao nível ideal. Esse processo requer apoio da família, paciência, cuidado e uma boa escolha do aparelho.”
Ao final da adaptação, o paciente ganha em melhoria da qualidade de vida. “Temos casos de pacientes que chegam resistentes ao uso, passam pelo processo de adaptação e após três meses já não querem mais ficar sem o aparelho porque já melhorou o convívio familiar, o convívio profissional. Então, é um trabalho, para alguns pacientes, muito árduo, mas com um benefício muito grande. Por isso temos que acompanhar muito para não deixar que ocorram perdas de desempenho”, disse Luciana.
Agência AL