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18/03/2015 - 21h11min

Secretário da Agricultura e da Pesca participa de reunião na Assembleia

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Foto: Miriam Zomer/AgênciaAL

Os programas e projetos previstos na pauta da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca foram apresentados pelo secretário Moacir Sopelsa, durante reunião da Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa, na tarde desta quarta-feira (18).

O secretário destacou os programas de Regularização Fundiária, de Desenvolvimento da Pecuária de Corte, de Defesa Agropecuária (que visa à indenização aos produtores pelos animais portadores de tuberculose), e de Inclusão Digital nas comunidades rurais.

Sopelsa afirmou a importância da Comissão de Agricultura da Assembleia na parceria com a Secretaria a fim de fortalecer ainda mais o produtor catarinense. “O agronegócio no nosso estado é um dos pilares mais robustos da economia. Santa Catarina tem um pouco mais de um por cento do território brasileiro e se consagra como o quinto produtor de alimentos, como o maior produtor de suínos, o segundo produtor de aves, o quinto produtor de leite, o maior em produção de maçãs e de pescados, entre outras coisas. Isso não vem de graça, mais da força dos nossos produtores. Por isso, temos que ajudar a construir uma política agrícola para valorizar esse setor e para termos facilidade de continuar produzindo e exportando.”

O vice-presidente da comissão, deputado José Milton Scheffer (PP), lembrou o novo momento por que passa a agricultura e ressaltou o baixo repasse financeiro ao setor. “Temos um estado geograficamente privilegiado, com regiões de diferentes climas, o que torna múltipla nossa produção, mas o repasse para a agricultura é de apenas 600 milhões de reais por ano, divididos entre Epagri, Cidasc, Secretaria e que são usados, também, para pagamento de folha.” 

Zé Milton destacou a necessidade de levar conhecimento ao homem do campo, por meio de um sistema qualificado de extensão, e da aquisição de equipamentos para testes em produtos. O parlamentar relembrou o caso dos aditivos encontrados em leite produzido no estado e do quanto a Cidasc precisaria de laboratório para avaliar materiais como nesse caso específico. “Esse problema causou prejuízos enormes aos produtores.”

Dirceu Dresch (PT), membro da comissão, falou do papel social do Estado e do quanto esse papel tem estado inexpressivo. “No caso da alimentação escolar, o repasse deveria ter um aumento de, pelo menos, 20%. O agricultor não tem como sobreviver com o que recebe e a alimentação nas escolas se torna precária.”

De acordo com César Valduga (PCdoB), também membro da comissão, a questão do êxodo rural é um problema a ser enfrentado. Ele propôs pensar em conjunto com a Secretaria na busca de mecanismos para manter as pessoas no campo. O parlamentar também sugeriu se pensar em outros ciclos de plantio para manter o desenvolvimento econômico.

O presidente da comissão, Natalino Lázare (PR), afirmou ser esta troca de ideias entre Parlamento e Secretaria a forma como se constroem os grandes projetos e as grandes soluções para as questões ligadas à agricultura do estado. “Fiquei impressionado com o resultado dessa reunião. Primeiro, porque os deputados que fazem parte dessa comissão trouxeram sugestões estratégicas importantíssimas para este setor. Podemos adotá-las, inclusive, como plano de trabalho para repassarmos ao secretário e ao governador a fim de beneficiar esta classe importante, que são os produtores rurais, os empresários, as agroindústrias.”

Participaram da reunião o presidente da Epagri, Luiz Ademir Hessmann e o diretor técnico da Cidasc, Gécio Humberto Meller.

Michelle Dias
Agência AL

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