Reunião discute reabertura das quadras de futebol
A retomada das atividades em quadras de futebol – proibidas de funcionar durante a pandemia da Covid-19 – foi tema de uma reunião virtual entre representantes do segmento e o deputado Coronel Mocellin (PSL), na tarde desta quinta-feira (27). O parlamentar recebeu um apelo para que defenda, junto ao Grupo Estadual de Ações Coordenadas (Grac), um parecer pela liberação da atividade.
Mocellin comprometeu-se a levar o pleito adiante na reunião desta sexta-feira do Grac, colegiado consultivo que assessora o governo do Estado nas decisões sobre a pandemia do novo coronavírus. “Vou ser a voz de vocês, tentar ajudar como puder”, afirmou o deputado.
A reunião desta quinta-feira resultou de uma manifestação promovida pelo mesmo grupo – formado por pequenos empresários donos de espaços de prática de futebol – na frente da Assembleia Legislativa, na tarde desta quarta-feira (26). Eles se comprometem a adotar procedimentos de prevenção contra a contaminação, descritos em uma cartilha que será entregue ao governador Carlos Moisés da Silva.
“A cartilha é para seguir o mesmo curso das academias”, explicou Alcionei Stuart, um dos pequenos empresários do segmento na região da Foz do Rio Itajaí. “Não tivemos curva acentuada de contaminação por causa das academias”, lembrou. A cartilha prevê que nem mesmo os bares, restaurantes e lanchonetes normalmente presentes nestes espaços abrirão.
Os empresários pedem também que a decisão de reabrir as quadras seja repassada aos municípios, a partir de protocolos determinados pelo Grac. “Deveria deliberar para passar aos prefeitos, a fiscalização será muito maior e seria benéfico para o Estado”, garantiu Stuart.
Fabiano Braun, da Grande Florianópolis, disse ter encaminhado ofício ao prefeito da Capital, Gean Loureiro, pleiteando a reabertura. Nesta sexta-feira, ele participa de uma reunião que vai decidir o futuro do pedido, e está otimista. “Temos boas notícias de que a partir de segunda teremos reabertura de quadras e parques de Florianópolis para atividades ao ar livre”, revelou Braun. “Só que temos que fazer um pedido individualizado para cada município”, completou.
Problemas financeiros
O tom da reunião foi de lamento pela situação financeira causada pela paralisação das atividades. “Muitos proprietários de quadras estão gastando o que não têm. Não sabemos mais o que fazer”, disse Alcionei Stuart.
Segundo o grupo, os pequenos empreendimentos estão à beira da falência. “Estamos no respirador há muito tempo. Tem óbito de empresas, que não voltam mais”, comparou Paulo Maes, outro participante do encontro. “Não se pode mensurar quantas já fecharam”, lamentou.