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04/06/2013 - 10h32min

Reitor da Universidade de Boras e prefeito recebem comitiva catarinense

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Comitiva conheceu trabalho desenvolvido na universidade sueca. FOTO: Lucas Gabriel Diniz/Agência AL

Projetos desenvolvidos pela Universidade de Boras, na Suécia, foram apresentados nesta segunda-feira (3) aos membros do parlamento catarinense. O reitor da entidade, Björn Brorström, e o prefeito da cidade de Boras, Ulf Olsson, recepcionaram a comitiva. Esse foi o segundo dia da missão oficial à Escandinávia, promovida pela Assembleia Legislativa.

Instalada na região central da cidade, a Universidade de Boras realiza uma série de pesquisas para otimizar a gestão de resíduos nas cidades. O centro de ensino é frequentado por mais de 12 mil alunos. É uma universidade pública, como todas as demais na Suécia. Mas desde o ano passado, a entidade conta com um diferencial. Conquistou uma certificação internacional de universidade sustentável, e tem como meta, para os próximos anos, aumentar ainda mais os investimentos feitos em pesquisas.

Segundo o reitor Björn Brorström, a cada ano são destinados 50 milhões de coroas suecas para o setor de pesquisa da universidade. Grande parte dos recursos é proveniente de parceiros que estimulam as pesquisas. O foco é o desenvolvimento sustentável, estimulando o equilíbrio entre natureza, empresas e sociedade.

"Nós tentamos criar soluções que protejam o meio ambiente, mas ao mesmo tempo é uma questão de comprometimento das pessoas, da forma como encaram o seu lixo. Buscamos construir um ambiente de pesquisa onde questões como responsabilidade social, financiamento e desenvolvimento de soluções tecnológicas caminhem juntas. É um desafio grande, mas de grande importância", afirma.

Uma das áreas de pesquisa exploradas pela universidade é justamente a que envolve a recuperação de resíduos. Segundo o professor Hans Björk, que desenvolve parcerias internacionais nessa área, a reciclagem é fundamental para poupar recursos naturais. Caminho que já vem sendo trilhado há alguns anos pela cidade de Boros, onde não existe aterro sanitário: 27% do lixo é reciclado; 30% é tratado biologicamente e transformado em biogás ou fertilizantes; e 43% são incinerados e recuperados como energia. Segundo o pesquisador, o desafio é tornar esses processos ainda mais eficientes, e também ampliar o percentual de lixo reciclado.

Combustão de resíduos
Professor da Universidade de Boras, Tobias Richards realiza pesquisas sobre combustão de resíduos. O pesquisador levou a comitiva de Santa Catarina para conhecer o laboratório onde ele e outros membros da equipe buscam maneiras de baratear o processo e aumentar ainda mais suas vantagens.

"A combustão é eficiente de muitas formas. Temos uma enorme redução no volume do lixo, o que diminui a quantidade que vai para os aterros. Com isso, também diminui a produção de gás metano, que é uma das grandes causas do efeito estufa e do aquecimento global", afirma.

Em Boras, a combustão de resíduos é feita em uma construção instalada no centro da cidade. Resíduos de madeiras, plásticos e papéis contaminados, fraldas usadas e afins são incineradas na fábrica, que não gera barulho nem mau cheiro. Segundo o prefeito, o local é um exemplo sobre a importância das pesquisas sobre recuperação de resíduos. Mas o trabalho não pode ser feito de maneira isolada.

"A coisa mais importante para criar um sistema bem sucedido de recuperação de resíduos é ter a participação da população. As pessoas precisam acreditar que isso é importante, e precisam querer fazer parte desse sistema", diz.

Cores diferentes
Um dos sistemas usados na região e que conta com a participação direta da população é o uso de sacolas de cores branca e preta para o descarte de lixo. Na preta, vão materiais biodegradáveis. Na branca, tudo que deve ser mandado para a combustão. O que não se encaixa em nenhuma das categorias deve ser destinado à reciclagem.

"Acompanhando o que acontece aqui em Boras percebemos que foram necessários muitos anos de pesquisa para chegar a este estado de excelência, onde é possível tratar a destinação de todos os resíduos produzidos. É possível perceber que tudo isso se reflete na qualidade de vida das pessoas", afirma o deputado Mauro de Nadal (PMDB), que lidera a comitiva. Segundo o parlamentar, a missão está permitindo aos parlamentares conhecer e coletar informações sobre uma série de alternativas referentes à destinação do lixo, que poderão, inclusive, ser implantadas em Santa Catarina.

Para o deputado Carlos Chiodini (PMDB), a discussão sobre essas alternativas deve ser ampliada e levada para as regiões, microrregiões e cidades do Estado. "É preciso criar um modelo ideal para que Santa Catarina comece de fato implantar seus projetos para essa área, e aqui em Boras estamos vendo um modelo que funciona. Investir em tecnologia, em transformação de resíduos é importante, mas a essência está na educação. É imprescindível que nós tenhamos a educação necessária para lidar com os resíduos e melhorar esse processo, protegendo o meio ambiente e gerando uma riqueza que muitas vezes é jogada fora", avalia Chiodini.

Além dos deputados Mauro de Nadal e Carlos Chiodini, também participam da missão oficial à Escandinávia o 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Romildo Titon (PMDB), e dos deputados Aldo Schneider (PMDB) e Kennedy Nunes (PSD). Os prefeitos Dieter Janssen, de Jaraguá do Sul; e José Caramori, de Chapecó, também integram a missão, além de Benyamin Parham Fard, secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Jaraguá do Sul; Marlene Zwierewicz, do Centro Universitário Barriga Verde (Unibave), de Orleans; Daiane Vila Real Cordenonsi, do Instituto de Desenvolvimento Regional Celer (Iceler); e Kátia Sarlet Rezende, secretária executiva de Relações Institucionais da Assembleia Legislativa.

 

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