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02/06/2023 - 23h09min

Público em Chapecó pede psicólogos e assistentes sociais nas escolas

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Chapecó recebeu, na noite desta sexta-feira (2), a quarta audiência pública do Comseg Escolar
FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL

A presença de psicólogos e assistentes sociais nas escolas foi um dos pontos mais abordados pelos participantes da audiência pública realizada pelo Comitê de Operações Integradas de Segurança Escolar (Comseg Escolar) em Chapecó, na noite desta sexta-feira (2). No encontro, professores, estudantes, pais e autoridades deram suas sugestões para a elaboração de um projeto, pela Assembleia Legislativa, que aprimore a segurança no ambiente escolar. 

A exemplo do que ocorreu nas outras três audiências realizadas pelo Comseg – Blumenau (dia 25), Joinville (dia 26) e Lages (dia 1º) - , o público destacou a necessidade de ações voltadas aos cuidados com a saúde mental, além do combate ao preconceito, à discriminação e ao bullying.

A disponibilização de equipes multidisciplinares nas escolas, com a presença de psicólogos e assistentes sociais, foi defendida por vários participantes, como Irme Bonamigo, do Conselho Regional de Psicologia; Gicele dos Santos, do Sinte; Elisônia Renk, do Conselho Regional de Serviço Social; Evandro Andrade, do Grêmio Estudantil do IFSC; Patrícia Vedana, da Associação de Profissionais da Assistência Social; além da promotora de Justiça Vania Cella Piazza.

Outras sugestões foram apresentadas pelo público que se manifestou na audiência. Jalah al Madinnah, mãe de aluno, defendeu a elaboração de um protocolo a ser utilizado pelos estudantes em caso de ataque, além da instalação de botões de pânico nas escolas. Já o promotor de Justiça Simão Barão Junior acredita que a imprensa não deve divulgar informações sobre os responsáveis pelos ataques às escolas.

Natan Luiz Rech, da União Catarinense dos Estudantes (UCE), pediu o fortalecimento dos conselhos de educação, além da elaboração de projetos permanentes para combate à discriminação, ao machismo, ao bullying, entre outras questões. “Precisamos ter mais projetos de cultura, de esporte”, acrescentou.

Papel dos pais
Alvete Bedin, do Sinte-SC, sugeriu a criação de projetos que envolvam os pais no cotidiano das escolas. “Os pais precisam vir para escola e se sentir parte desse processo”, afirmou.

O presidente da Câmara Municipal de Chapecó, vereador Fernando Santos, acredita que os pais também precisam ter mais participação. “Não podemos terceirizar uma responsabilidade que é dos pais”, disse.

A juíza da Infância e da Juventude de Chapecó, Surami dos Santos Heerdt, além de defender uma reformulação do sistema de ensino, pediu investimentos em campanhas para orientação dos pais sobre o comportamento dos filhos. “Os jovens que apresentam comportamentos que resultam em violência dão sinais disso, mas não são vistos.”

Ações adotadas
A Polícia Civil, por meio do delegado Danilo Fernandes, e a Polícia Militar, por meio do coronel Jorge Luiz Haack, apresentaram as ações que já vêm sendo realizadas pelas forças de segurança do Estado. Segundo Haack, para os próximos dias, devem ser chamados os primeiros policiais da reserva para atuarem como vigilantes nas escolas estaduais, conforme lei aprovada pela Alesc no mês retrasado.

O diretor de Segurança Pública de Chapecó, Clóvis Leuze, que representou o prefeito João Rodrigues no evento, disse que o município já colocou 87 agentes de segurança nas escolas municipais, poucos dias depois do ataque à creche de Blumenau. “Sabemos que essa é uma medida paliativa, mas ela era necessária no momento”, disse. A prefeitura também trabalha na instalação de botões de pânico na rede municipal.

A audiência em Chapecó foi conduzida pelos deputados Mauro de Nadal (MDB), presidente da Alesc, e Luciane Carminatti (PT), presidente da Comissão de Educação da Assembleia. Nadal lembrou da importância de se ouvir a sociedade para a elaboração de um projeto de segurança que seja aplicado não apenas nas escolas, mas em qualquer espaço onde haja presença de público. “Estamos falando de ataques que ocorreram em educandários, mas isso pode ocorrer numa igreja, num posto de saúde”, comentou.

Já Luciane reforçou que a disponibilização de policiais armados nas escolas não resolverá o problema. Ela apresentou projeto de lei que estabelece um cronograma para a contratação de psicólogos e assistentes sociais nas escolas estaduais. A parlamentar também defendeu a justiça restaurativa no ambiente escolar, como forma de mediar conflitos e combater os discursos de ódio.

A audiência contou, ainda, com a participação do presidente da Associação de Municípios do Oeste de Santa Catarina (Amosc), Julcimar Lorenzetti; do 1º vice-presidente da Fecam, Rudi Sander; da presidente da União dos Vereadores do Estado de Santa Catarina (Uvesc), Marcilei Vignatti.

Próximas audiências
O Comseg Escolar fará mais duas audiências públicas sobre segurança nas escolas. O próximo encontro será no dia 15, em Criciúma. O ciclo de encontros macrorregionais será encerrado no dia 16, em Florianópolis.

Marcelo Espinoza
Agência AL

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