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25/04/2019 - 12h16min

Primeiro debate da Rede Criativa trata de turismo e inovação

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Ampliar a valorização e o potencial da cultura e do turismo em Santa Catarina com inovação. Esse objetivo marcou a primeira edição da Rede Criativa, na manhã desta quinta-feira (25), na Assembleia Legislativa. Seis palestrantes, entre profissionais e acadêmicos dos dois setores, debateram o assunto no evento proposto pelo deputado Fabiano da Luz (PT).

De acordo com o parlamentar, que é vice-presidente da Comissão de Turismo e Meio Ambiente, é preciso encontrar toda forma possível e viável de se valorizar e respeitar a arte e a cultura existentes no estado. “Temos inúmeros talentos e diferentes formas culturais. Então, nada melhor do que trazer estes profissionais para que eles possam falar do que é a realidade delas, suas dificuldades do dia a dia e como nós podemos encontrar algumas soluções.”

Segundo ele, as palestras têm também outro motivo. Elas aconteceram exatamente no momento em que o parlamento catarinense discute a reforma administrativa e o apoio para diversas entidades,  para o esporte e a cultura. “Precisamos ouvir quem representa estes segmentos para que a gente possa tomar decisões com base na maior quantidade de opiniões possíveis”, informou. Para Luz, o Estado tem muito ainda para crescer em turismo e inovação. “Estamos começando um caminho de conhecimento de toda essa potencialidade. Precisamos começar a por isso tudo no papel, para fazer uma nova leitura, identificar quais são nossas verdadeiras potencialidades. Aí sim a gente poderá explorar o máximo possível, sempre com muito respeito às questões de diversidades que Santa Catarina tem.” 

Um dos exemplos desse potencial foi apresentado pela gestora cultural Helga Tytlik, de Joinville. De acordo com ela, a economia criativa é um novo caminho para o desenvolvimento com sustentabilidade. “Quando circulamos o conhecimento, estimulamos processos criativos, que nos trazem novas formas de pensar, de se relacionar. E dentro desse conceito, os setores com maior potencial são os criativos, ligados à arte, ao turismo, à tecnologia, aos games, à cultura, às festas regionais.”

Helga ilustrou o assunto citando uma peça teatral. Normalmente, se pensa apenas na apresentação dos atores. “Mas o importante aí é a cadeia produtiva envolvida para que o teatro aconteça. Ao fazer um mapeamento dessa cadeia, nota-se que ela é imensa. Investimentos nessa área não criam só o produto final, que é a peça, mas alimenta toda a cadeia produtiva de hotéis, restaurantes, transporte, mídia e mão de obra que, muitas vezes, até está em áreas de vulnerabilidade, que precisam de atividades de trabalho para sobreviver.” Na sua avaliação, o recurso investido em artes não é um gasto, mas um investimento, que muitas vezes volta na proporção de cinco por um. “Ou seja, de um R$ 1 milhão, retornam R$ 5 milhões.” Dentro do setor de turismo, um dos maiores destaques da economia catarinense, Helga destacou os exemplos de cidades como Paraty (RJ) e Santa Rita do Sapucaí (MG), que precisam ser seguidos.

Outro tema debatido foi o conceito de cidades sustentáveis. A arquiteta e gestora ambiental Iara Dreger, relatou o quanto Santa Catarina ainda precisa avançar nesse setor. Algo que gera empregos e renda, incentiva o turismo e transforma positivamente a cultura de uma sociedade. Segundo ela, Curitiba (PR) é o maior exemplo de cidade sustentável no Brasil. A capital paranaense promove a sustentabilidade dos resíduos sólidos urbanos, fazendo a seleção dos rejeitos e destinando para usinas de produção de biogás, que gera eletricidade a partir do lixo orgânico. “Esse processo ainda está iniciando no Brasil. Falta o incentivo das prefeituras, o investimento em campanhas de conscientização para a separação do lixo orgânico do lixo seco. O normal no Brasil ainda é destinar toda a produção para aterros sanitários.”

A Rede Criativa terá uma segunda etapa, já agendada para o próximo dia 9 de maio, também na Alesc. Na oportunidade, dentro da reunião da Comissão de Turismo, o tema será “Turismo e Criatividade.”

 

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