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15/06/2009 - 18h34min

Policia Rodoviária Federal em Santa Catarina quer aumentar efetivo

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Audiência Pública a fim de discutir sobre o tema: A Segurança nas Rodovias Federais - Causas e Reflexos.
Santa Catarina ocupa o segundo lugar no ranking no número de acidentes nas rodovias federais. Com o objetivo de tentar resolver esse e outros problemas das estradas federais, a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público realizou uma audiência pública na tarde de hoje (15), na Assembleia Legislativa, com a presença de representantes do setor. Segundo a deputada Ada Faraco de Luca (PMDB), que propôs e presidiu a reunião, a audiência tem como principal finalidade levar uma Carta Aberta dos Catarinenses em favor da redução da violência nas rodovias federais, solicitando a realização de um concurso público regional. “O Estado possui apenas 499 policiais, quando precisa de pelo menos 900. O efetivo está falho e a infraestrutura rodoviária também. Temos que resolver esse problema”, disse Ada. O fechamento de quatros postos nos municípios de São Cristóvão do Sul, Itaiópolis, São José do Cedro e Itajaí é outro fator de preocupação dos participantes. A Carta Aberta, que será entregue ao Departamento da Policia Federal, em Brasília, ao Ministério Público Federal e ao Ministro dos Transportes, pede o aumento no efetivo de policiais rodoviários no Estado para mais 350 agentes. Anualmente morrem 35 mil pessoas por ano nas estradas brasileiras e, dos 400 mil feridos atendidos nas rodovias, 20% morrem ao chegar ao hospital. Os dados apresentados pela PRF ainda apontam que a frota em Santa Catarina alcançou os 3 milhões de veículos para uma população de 6 milhões de habitantes. “São dois habitantes por veículo. É muito carro para pouco efetivo. Sem contar outras questões como a péssima condição de algumas estradas”, disse Luiz Ademar Paes, superintendente da PRF de Santa Catarina. Paes acredita que é preciso uma maior fiscalização e o melhoramento do transporte coletivo, já que foi constatado numa pesquisa realizada na entrada de Florianópolis que, em cada veículo particular, há uma média de 1,4 ocupante. “Proporcionando um transporte coletivo de melhor qualidade, as pessoas vão pensar em deixar seus carros em casa e, consequentemente, os acidentes de trânsito irão diminuir”. Sobre o concurso público regional, Paes afirmou que é a melhor solução no momento. O representante do Sindicato dos Policiais Rodoviários de Santa Catarina, Leandro Andrade do Nascimento, afirmou que o país tem um custo médio por acidente de R$ 90 mil, quando há feridos. No caso de morte, o valor sobe para R$ 400 mil. “O Brasil gastou em 2008 cerca de R$ 8 bilhões com os acidentes. É um custo extremamente elevado para a sociedade, pois esse dinheiro poderia ser gasto com o melhoramento das rodovias”, falou. Leandro completou que a redução do número de acidentes só depende de um trabalho de prevenção conjunto nos ambientes familiares, escolares e até mesmo nos ambientes religiosos. Como solução, ele disse que é preciso a realização imediata de um concurso público. “O efetivo é o nosso grande problema, mas também temos que resolver outras questões como a instalações de defensas, criação de terceira faixa em determinados pontos das rodovias e a colocação de sinalização regressiva nas curvas”. A resolução de alguns pontos críticos das estradas federais, como controle das balanças e renovação das rodovias, foram apontadas como uma grande iniciativa de melhora pelo presidente da Federação das Empresas de Transportes de Cargas no Estado, Pedro José de Oliveira Lopes. “Temos que resolver essas questões para que outros pontos possam ser resolvidos. Nós temos uma BR da década de 70 utilizada por veículos de 2010. É um disparate. Nossas pontes estão caindo”, disse. Ao final do evento, a Carta Aberta foi assinada por todos os participantes para, então, ser enviada aos órgãos já citados. Também estiveram na audiência pública os deputados José Cardozo - Cardozinho (PPS), Angela Albino (PCdoB) e Antônio Aguiar (PMDB), além de representantes da Policia Militar e do Detran. (Graziela May Pereira/Divulgação Alesc)
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