Observatório da Indústria Catarinense usa Big Data para assessorar TJ
O Observatório da Indústria Catarinense, órgão de inteligência ligado à Fiesc, está utilizando Big Data (análise de grande e variado volume de dados) para assessorar o Tribunal de Justiça (TJSC) sobre a quantidade de processos no médio e longo prazos.
A apresentação do Observatório foi feita no final da manhã desta sexta-feira (7) como parte do 115º Encontro do Conselho dos Tribunais de Justiça do Brasil, que acontece no TJ, na capital.
Segundo Sidnei Manoel Rodrigues, gerente de Inteligência Competitiva da Fiesc, que relatou a parceria entre o TJSC e a Fiesc aos participantes, os dados preliminares indicam tendência de queda no número de processos.
“Tentamos relacionar o tamanho da população ao número dos processos, mas alguns municípios quebraram a média, como Abelardo Luz, Meleiro e Porto Belo. Como a variável ‘população’, por si só, não consegue explicar o que vai acontecer, será preciso juntar dados de educação, saúde, criminalidade, indicadores sociais e demográficos para projetar a expectativa”, afirmou Sidnei Rodrigues, acrescentando que apesar do crescimento populacional, o número de processos vem caindo no estado.
O especialista da Fiesc mostrou que, no caso de processos de execução fiscal, são consideradas as variáveis ‘desemprego’, ‘endividamento’ e ‘salários’. Já quando o assunto é a lei Maria da Penha, as variáveis relacionadas são ‘violência’, ‘fatores culturais’ e ‘escolaridade’.
“É um trabalho muito forte no sentido de antecipar os movimentos que podem acontecer”, explicou.
Monitoramento das redes sociais
O gerente de de Inteligência Competitiva da Fiesc revelou que o Observatório, também em parceria com o TJSC, monitora as redes sociais como o Facebook, Twitter, Linkedin e Instagram.
“A partir greve dos caminhoneiros começou a experiência de monitorar as redes sociais, são dados públicos, abertos, com isso conseguimos acompanhar o que as pessoas estão falando, verificando aglomerados falando de temas, ou citando nossas instituições”, informou Sidnei Rodrigues.
Big Data no comércio exterior
Para se ter uma ideia das possibilidades que a análise das Big Data proporciona, o gerente da Fiesc citou o comércio exterior barriga-verde.
“Monitoramos cerca de mil fontes, MIT, Harvard, mas além das fontes estruturadas, trabalhamos com fontes como artigos, estudos, notícias, sempre procurando palavras-chave e categorizando as informações. No comércio exterior monitoramos a entrada e saída (importações e exportações) nos diversos países para identificar potenciais compradores dos nossos produtos”, justificou.
Agência AL