Obras de duplicação da BR-101 são vistoriadas por deputados e vereadores de Santa Catarina e do Rio

Os 348 quilômetros da BR-101 que ligam a cidade do Osório, no Rio Grande do Sul, e o município de Palhoça, em Santa Catarina, foram percorridos hoje (17) pela comitiva formada por deputados e vereadores dos dois estados com o objetivo de vistoriar as obras de duplicação da rodovia. A iniciativa partiu do deputado Manoel Mota (PMDB), presidente do Fórum Permanente que acompanha as obras de duplicação do trecho Sul da BR-101. Essa é a segunda vistoria realizada pelo Fórum. A primeira ocorreu em maio de 2007. “É um momento decisivo. São 17 anos de luta. A duplicação não vai só garantir a queda do número de acidentes. Ela vai gerar renda e empregos. Estamos aqui para fazer pressão.” A vistoria começou pela manhã, na cidade de Osório, de onde partiu um ônibus com vereadores. De acordo com o deputado gaúcho Paulo Arezedo (PDT), o movimento encabeçado pelo deputado Manoel Mota é de extrema importância para o desenvolvimento da região Sul do país, já que todo o comércio escoa pela rodovia. “Aqui,no Rio Grande do Sul, temos muito problemas, mas posso citar um que está incomodando a todos: a duplicação está passando no meio de muitas comunidades que estão enfrentando dificuldades com os acessos. Falta garantir a segurança de quem mora naqueles locais.” O parlamentar citou o exemplo da comunidade de Terra de Areias onde o traçado da BR-101 deixou a escola de um lado e a comunidade de outro. De todos os quatro pontos visitados pela comitiva, o que mais causou preocupação foi o túnel do município de Maquiné. O engenheiro responsável pela obra, Gian Paolo Motosi, da empreiteira Queiroz Galvão, afirmou que, apesar de a obra estar atrasada, até a metade do ano que vem a parte estrutural deve ficar pronta. “A escavação deve terminar no mês que vem. Na sequência vem a parte de concretagem. Os problemas que ainda precisam ser resolvidos com uma nova licitação são a parte da segurança, ventilação e iluminação”, enumerou. O presidente da Câmara de Vereadores de Osório, Ivan Borba (PDT), ressaltou outro problema das obras de duplicação. Ivan disse que em grande parte da rodovia o acostamento possui 20 centímetros de diferença para o asfalto. “As empreiteiras que estão trabalhando no nosso estado precisam estar mais atentas a esses detalhes, pois deles depende a segurança daqueles que transitam pela rodovia.” No Rio Grande do Sul, além de Maquine, a vistoria ocorreu em Terras de Areias, Três Cachoeiras e Dom Pedro de Alcântara. Em Santa Catarina, três locais foram inspecionados pelos quase 50 componentes da comitiva. A primeira parada foi no município de Içara. Defendendo o governo Lula, o deputado estadual Décio Góes (PT) garantiu que o governo federal tem feito muito por Santa Catarina. “Nosso atual governo tem trabalhado muito pela duplicação da BR-101 e ela está acontecendo. É claro que sabemos que há empreiteiras que estão com certa morosidade no andamento das obras e é por isso que estamos aqui: para pedir agilidade”, disse. O vereador do município de Araranguá, Volnei Roniel Biachin da Silva (PMDB) acredita que o ritmo da obra está mais acelerado em Santa Catarina. “Podemos perceber que aqui no estado as coisas estão fluindo melhor. Mas estamos cumprindo nosso papel de pressão”. No último ponto de parada, no município de Paulo Lopes, o deputado Manoel Mota fez uma avaliação da vistoria. De acordo com ele, o estado ainda precisa batalhar pelos túneis no Morro do Formigão, em Criciúma, e no Morro dos Cavalos, em Palhoça. “O movimento realizado foi feito de forma harmoniosa. De forma justa. As empreiteiras estão precisando de um empurrão e é isso que estamos fazendo aqui. O dia de hoje foi muito rico. Tivemos a oportunidade de ver e acompanhar a obra de toda uma vida”, finalizou. No local, o grupo fez uma panfletagem pedindo atenção aos usuários que utilizam a rodovia. Uma oração em homenagem a todos aqueles que perderam a vida na BR-101 também foi realizada. Amanhã (18), pela manhã, uma audiência pública reunirá todos os vereadores participantes da vistoria para a confecção de um documento listando os reais problemas da rodovia. O documento deverá ser entregue em no máximo 40 dias ao Ministro dos Transportes, Alfredo Pereira do Nascimento, em Brasília. (Graziela May Pereira/Divulgação Alesc)