Noroeste de Santa Catarina debate Educação

Seminário de Educação e Cultura - Planos Municipais e Estadual de Educação e o Sistema de Cultura. Foto: Pedro Squizatto Fernandes

Cerca de 600 professores acompanharam sexta-feira (11) o debate proposto pelo Seminário de Educação e Cultura - Planos Municipais e Estadual de Educação e o Sistema de Cultura realizado no Centro Eventos de São Lourenço do Oeste. A deputada Luciane Carminatti (PT) e o deputado federal Pedro Uczai (PT/SC), prefeitos e representantes das Secretarias de Educação da região participaram da abertura oficial, às 8h30m, no Teatro Municipal Professor Arno Ignácio Etges. A Assembleia Legislativa de Santa Catarina contribuiu para a realização do evento por intermédio da Comissão de Educação, Cultura e Desporto e com apoio da Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira.

Os propositores do seminário, a deputada Luciane Carminatti, vice-presidente da Comissão de Educação, e o deputado federal Pedro Uczai explicaram que o objetivo é contribuir com o debate para a construção dos planos estaduais e municipais de Educação, visando o cumprimento das metas estabelecidas no Novo PNE e a construção dos Sistemas Municipais de Cultura.

Carminatti afirmou que a Educação no Brasil e, principalmente, em Santa Catarina, precisa tornar-se prioridade. “Precisamos cumprir as determinações do PNE para que a Educação pública seja de qualidade, além de garantirmos escolas adequadas, professores valorizados, gestão democrática, acesso ao ensino técnico e superior, inclusão e carreira decente aos trabalhadores da Educação, entre outros”, listou a parlamentar.

Ela relatou o resultado de visitas a 70 escolas de diferentes regiões de Santa Catarina, e a maioria apresentava sérios problemas de infraestrutura. “Fiação exposta, por exemplo, é a realidade de quase todos esses edifícios, além de rachaduras, goteiras etc”, contou.

Uczai complementou a apresentação da deputada estadual defendendo o ensino médio profissionalizante, “nem técnico, nem cultural demais, as duas coisas ao mesmo tempo”. Ele também frisou a necessidade de uma política de carreira que motive o professor a aprimorar-se.

O Seminário, que foi enriquecido com apresentações culturais de diferentes escolas, continuou no período vespertino com a composição de nova mesa para debater três desafios da Educação brasileira .Marilane Maria Wolff Paim, doutora em Educação; coordenadora do curso de Pedagogia, coordenadora do subprojeto PIBID Pedagogia, e articuladora de Extensão do Campus de Erechim da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), abordou a alfabetização nos três primeiros anos de escolaridade.

Ivany Souza Ávila, doutora em Educação, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e consultora do MEC discorreu sobre o desafio da Educação em tempo integral. E Tony Bezerra, analista do Ministério da Cultura, explicou o Sistema Nacional de Cultura e a Construção dos Sistemas Municipais de Cultura.

Simone de Marco, servidora da Escola Irmã Neusa, de São Lourenço do Oeste, participou do Seminário porque acredita na iniciativa como uma forma de valorização da cidade e do Noroeste catarinense. “Quando as escolas fazem apresentações culturais, valoriza-se cada estudante e os professores ficam motivados”, sintetizou.

Edilso Paulo Raizan, professor do ensino fundamental há 34 anos, encara o Seminário como uma possibilidade de crescimento profissional e pessoal, já que são abordados temas que contribuem para ampliar as possibilidades de seu trabalho no dia-a-dia.