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Ministro ouve demandas da Bancada do Sul e do Fórum Parlamentar Catarinense
Os oito deputados que integram a Bancada do Sul da Assembleia Legislativa participaram nesta sexta-feira (24), na Associação Empresarial de Criciúma (Acic), da terceira reunião neste ano do Fórum Parlamentar Catarinense, composto pelos deputados federais e senadores de Santa Catarina, com a presença do governador Carlos Moisés e do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral e diretor da Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (Satc), Fernando Zancon, apresentou reivindicação de apoio ao setor e ao projeto que pretende abater 2,5 toneladas de Dióxido de Carbono (CO2) por dia.
O presidente do Fórum Parlamentar, deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB), enalteceu a importância do encontro e de estarem todos ouvindo as demandas da região. “Junto com os deputados federais Geovania de Sá (PSDB) e Ricardo Guidi (PSD), temos trabalhado nas pautas da região Sul catarinense. Contamos também com a bancada estadual, para conhecer a realidade de cada região de perto, para ter a certeza de que estaremos trabalhando e direcionando nossas emendas para aquilo que realmente os cidadãos esperam e precisam”, ressaltou o deputado Daniel Freitas (PSL).
Participaram ainda da reunião os deputados Darci de Matos (PSD), Coronel Armando (PSL), além do líder do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir (PSL-GO), prefeitos, vereadores e lideranças dos municípios da região Sul. O deputado Daniel Freitas anunciou que na próxima semana será lançada a Frente Parlamentar em Defesa do Carvão Mineral na Câmara dos Deputados, com apoio dos parlamentares da região.
Fernando Zancon explicou que o projeto, desenvolvido por pesquisadores do Centro Tecnológico Satc (CTSatc), está em fase de testes e recebeu um investimento de R$ 10 milhões. O recurso é oriundo da Fundação de Apoio a Pesquisa Cientifica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e da Eneva S/A. “Tenho muito orgulho de participar deste evento. E tenho convicção, por tudo que vi aqui e pelo que eu já tinha de conhecimento, que esse é o futuro sustentável. É isso que o mundo precisa, de menos carbono”, avaliou o ministro Bento Albuquerque.
No encontro, o presidente da Assembleia Legislativa, Julio Garcia (PSD). destacou a importância do apoio do ministro para o desenvolvimento da região e enalteceu o trabalho conjunto entre o Executivo e o Legislativo catarinense, observando que a união faz a força política no Estado. “Temos uma parceria republicana no Estado, em harmonia entre os poderes e aqueles que tentam acabar com essa harmonia, fiquem sabendo que não haverá discórdia entre nós.”
O governador Carlos Moiséis aproveitou o encontro para fazer uma prestação de contas aos líderes da região e também agradecer novamente aos deputados estaduais pela aprovação da Reforma Administrativa. Falou da importância do apoio do ministro para o desenvolvimento do setor e que acredita que ainda este semestre deverá ser aprovada a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, como forma de incentivar o retorno dos investimentos na economia do país. “Nossa relação no Estado é republicana, não olhando a geografia das urnas para destinação dos recursos, mas por meio de diálogo e respeito estamos mantendo um bom relacionamento com o Legislativo”, salientou, ao elogiar o trabalho dos deputados estaduais.
Eletrosul
No encontro, o governador Carlos Moisés articulou com o ministro Bento Albuquerque uma nova reunião para esclarecer dúvidas sobre a possibilidade de incorporação da Eletrosul pela Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), do Rio Grande do Sul. O ministro se comprometeu a retornar a Santa Catarina para uma audiência pública sobre o tema.
“O ministro afiançou um retorno com a equipe técnica da Eletrobrás e do governo federal para esclarecer todas as dúvidas dos catarinenses sobre o receio de perda de receita e da sede da Eletrosul. Ele afirmou que há uma possibilidade de manutenção da estrutura da empresa no Estado”, disse o governador.
Segundo o ministro, a decisão de a CGTEE incorporar a Eletrosul não passa exclusivamente pelo ministério, uma vez que a Eletrobrás, holding que controla as companhias, é uma empresa de economia mista listada em bolsa. “Essa operação não é de uma empresa abocanhando a outra. É uma decisão empresarial, que se trata de uma incorporação reversa. É de certa forma uma questão tributária. A Eletrosul é uma das principais empresas do grupo que está tentando se reerguer, e essa operação trará benefícios tanto para a Eletrosul quanto para a CGTEE”, disse Albuquerque.
