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11/08/2016 - 18h39min

Médico perito trata da identificação de lesões por agressão em crianças

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Rodinei Ténorio, do IGP, foi responsável pela palestra da tarde desta quinta (11) na oficina promovida pela SEC
FOTO: Solon Soares/Agência AL

Cuidados e atenção redobrada ao atendimento de crianças com sinais de violência foram as principais observações feitas pelo diretor do Instituto Médico-Legal de Santa Catarina, Rodinei Ténorio, durante as atividades da Oficina de Atenção Integral às Pessoas em Situação de Violência Sexual, que teve prosseguimento na tarde desta quinta-feira (11), na Assembleia Legislativa. Ao abordar a medicina forense como tema, mais especificamente a especialidade que utiliza conhecimentos técnico-científicos da medicina para obter esclarecimentos de fatos de interesse da justiça, o perito médico-legista pontuou evidências que podem contribuir para o esclarecimento da agressão contra uma criança. "Dentro deste processo para evidenciar a violência, podemos utilizar três aspectos: localização, tempo e multiplicidade", informou.

O especialista explica que, no caso da localização, que corresponde à área do corpo atingido, as lesões em crianças vítimas de violência aparecem em partes diferentes daquelas marcas deixadas por acidentes domésticos. Já os relacionados ao tempo, segundo o médico, há um estágio de evolução para cada lesão. "Esse fator pode alertar o fato de uma criança estar sendo agredida várias vezes durante um período de tempo", disse. Com relação à multiplicidade, ou seja, várias lesões em indeterminadas localizações e tempos diferentes, “pode ser indicativo de violência tanto contra a criança ou alguém vulnerável que não possa oferecer resistência."

Rodinei apresentou os pontos mais comuns com equimoses, escoriações e ralados, que não são comuns em acidentes domésticos. Com destaque para face, os lábios, pescoço, região frontal do tórax, lateral do abdômen, ele fez um alerta; já nas pernas, geralmente, as lesões são ocasionadas por acidente. "Essa localização é um fator que pode contribuir muito na hora de diferenciar uma agressão de um acidente", reforçou.   

Segundo Rodinei, é fundamental que os profissionais de saúde estejam atentos a qualquer lesão apresentada em crianças. Ele observou que é necessário acompanhar os casos com atenção, uma vez que a maioria das agressões é cometida dentro de casa, onde as crianças não têm voz.  "É de extrema relevância essa atenção dos profissionais da saúde sempre que receber uma criança com qualquer tipo de trauma. Tendo um olhar mais preciso em relação à lesão, pois em muitos casos este profissional pode ser a única voz de socorro deste menor", lembrou.

A Oficina de Atenção Integral às Pessoas em Situação de Violência Sexual acontece até sexta-feira (12) na Assembleia Legislativa e é uma promoção da Secretaria de Estado da Saúde (SES) por meio do Comitê Estadual de Atenção a Pessoas em Situação de Violências. O debate busca articular, nos municípios e nas regiões de saúde do estado, a ampliação do acesso à atenção qualificada de pessoas em situação de violência sexual. A oficina apoia-se na organização de redes integradas de atenção intra e intersetoriais.

Tatiani Magalhães
Sala de Imprensa

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