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22/04/2015 - 17h17min

FCEE apresenta cronograma de reestruturação de espaço físico

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Reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência FOTO: Eduardo Guedes de Oliveira/Agência AL

Uma solicitação da presidente da Associação dos Servidores da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), Elizete Costa Vieira, motivou a realização na tarde desta quarta-feira (22) da reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O órgão público, com sede em São José, apresenta sérios problemas de estrutura, o que dificulta o atendimento aos 600 educandos.

A presidente da FCCE, Rose Batcheski, fez um breve relato das atividades e do compromisso da fundação em proporcionar capacitação à pessoa com deficiência, investindo em tecnologia e pesquisa e na parceria com escolas, universidades e Apaes. Informou que, dos 3.500 servidores que atuam em todo o estado, somente 900 são efetivos, daí a necessidade de concurso público para qualificar o quadro funcional.

Obras emergenciais
Questionada pelos deputados Gean Loureiro (PMDB) e José Nei Ascari (PSD), presidente da comissão, sobre as ações concretas definidas pelo governo do Estado para a reforma do prédio, Rose anunciou que o Deinfra já deu o aval para investimentos na ordem de R$ 1, 2 milhão para obras de drenagem e nos sistemas elétrico e hidráulico. "A curto prazo, no máximo em 120 dias, nós esperamos que estas obras emergenciais já estejam prontas, trazendo mais conforto aos educandos, servidores e voluntários que nos acompanham no dia a dia."

A dirigente frisou ainda que, a médio prazo, há a expectativa da construção de um novo centro de atendimento, de alta tecnologia e com uma fábrica autossustentável. "Precisamos muito também de um novo auditório, já que o atual conta apenas com um pouco mais de 100 lugares, insuficientes para as demandas da fundação."

Impasse
Já a deputada Dirce Heiderscheidt (PMDB), que não é integrante da comissão mas que acompanhou a reunião, assim como o deputado Doutor Vicente Caropreso (PSDB), abordou o impasse causado pela instalação de uma creche municipal na fundação. Rose respondeu que por três oportunidades houve reunião com dirigentes da prefeitura de São José, no qual foi dado prazo para a creche desocupar o espaço.

Neste aspecto, Elizete Costa Vieira, presidente da Associação dos Servidores da FCEE, informou que o convênio com a prefeitura terminou em 2008. "O espaço é do Estado e não há nenhum contrato que garanta que a prefeitura de São José continue com a creche funcionando lá."

Elizete afirmou que desde 1999 luta por um centro de pesquisa na fundação e que os servidores fizeram greve no início de 2014 por melhores condições de trabalho. "É muito triste, fizemos uma negociação para acabar com a greve e até agora nada foi feito."

Dedicação
Em nome das 190 Apaes do estado, Julio Aguiar entregou um documento à FCEE com as reivindicações  da Federação das Apaes de SC. Ele destacou como pedido mais importante e urgente a estimulação da idade de 4 para 6 anos, ressaltando que no estado de São Paulo a estimulação já atinge adolescentes com 14 anos. "Nós recomendamos os pais que procure o Ministério Público para garantir que seus filhos de 4 anos não fiquem sem a estimulação. Isto é fundamental para a sua qualidade de vida."

Julio solicitou ainda aumento do número de turmas e novos programas e oportunidades para os deficientes intelectuais nas Apaes."Estes pedidos não implicam em quantias significativas comparado com o ganho que Santa Catarina terá com esta expansão nos atendimentos."

Dirigente da Associação Catarinense de Autismo e da Associação dos Pais e Amigos dos Autistas (AMA/Florianópolis), Vera Lúcia Barboza Lopes reclama que o atendimento ao autista está defasado. "Tenho um filho de 40 anos na fundação, meus filhos nasceram e cresceram ali, é a minha casa. O trabalho das Amas é muito bom, atende 52 pessoas, mas o aluguel é caro. A Rose conhece o nosso trabalho, mas não conseguimos estabelecer convênios com a fundação."

Em nome da Associação Catarinense de Integração do Cego (ACIC), considerada uma das maiores da América Latina, Jairo Silva falou da preocupação com o concurso público. "Há locais em que surdos trabalham com cegos sem ter o aporte da FCEE. Vou a Brasília neste fim de semana tratar de assuntos como este no encontro da Organização Nacional de Cegos do Brasil."

Também participaram da reunião os deputados Cleiton Salvaro (PSB) e Luiz Fernando Vampiro (PMDB), membros da comissão, assim como dirigentes das Apaes de Rio do Sul e Blumenau.

Rubens Vargas
Agência AL

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