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06/08/2014 - 17h26min

Financiamento da saúde e “Mais Médicos” esquentam debates no plenário

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Sessão ordinária da tarde desta quarta-feira (6). FOTOS: Miriam Zomer/Agência AL

O não reajuste da tabela SUS e o programa Mais Médicos esquentaram os debates no plenário na tarde fria desta quarta-feira (6). O deputado Antonio Aguiar (PMDB) atacou duramente o programa Mais Médicos e acusou o governo federal de escolher os médicos como alvo de ataques. “Como se os profissionais de saúde fossem responsáveis pela situação da saúde”, declarou Aguiar, acrescentando que o problema está no orçamento do ministério, de R$ 100 bilhões, enquanto a Copa do Mundo consumiu R$ 33 bilhões. “Os estrangeiros foram trazidos para disfarçar a incompetência governamental”, resumiu o representante de Canoinhas.

Jailson Lima (PT) rebateu Aguiar. “Presidente Nereu não tinha médico, Imbuia com 6 mil habitantes não tinha um médico, Mirim Doce não tinha, São Cristovão do Sul não tinha, Mafra recebeu 17 médicos”, enumerou o deputado, argumentando que o programa supriu essas demandas. “Em São Cristovão do Sul vi um médico cubano assistir uma criança com crise de diabetes, se não fosse atendida teria ocupado uma vaga de UTI”, explicou Jailson.

Silvio Dreveck (PP) afirmou que o programa Mais Médicos é importante, mas destacou o subfinanciamento da saúde por parte da União. “Não podemos esquecer que o governo federal não reajusta a tabela SUS há 12 anos, por isso não tem exames, não tem cirurgias, não se pode omitir a falta de recursos”, rebateu Dreveck, que calculou a defasagem em 170%. “Isso está causando a falência dos municípios, que aplicam até 30% na saúde”, explicou.

Já o deputado Neodi Saretta (PT) cobrou mais investimentos do governo estadual. “O estado de Santa Catarina aplica o mínimo dos mínimos, só 12%, então a saúde não é prioridade, se fosse deveria gastar mais”, alertou.

Jornalistas no olho da rua
Sargento Amauri Soares (PSOL) leu na tribuna nota assinada pelo Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina e pela Federação Nacional de Jornalistas contra a demissão, pelo grupo RBS, de cerca de 130 jornalistas que atuam nos veículos impressos do grupo em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. “Não levaram em conta o impacto social da iniciativa, querem fazer jornalismo sem jornalista, querem ampliar o lucro com a sobrecarga dos que permanecerem no quadro”, avaliou Soares, que ainda denunciou os salários aviltantes pagos aos jornalistas pelo grupo RBS.

Massacres reiterados
Sargento Soares classificou de “massacres reiterados” os ataques perpetrados por Israel na faixa de Gaza. “Mais de 1,8 milhão de pessoas vivendo em um território menor que a ilha de Santa Catarina, são 10 km de largura por 30 km de comprimento, com densidade demográfica de 5.046 por km². E sobre essa área atiram-se mísseis e bombas”, lamentou o deputado, concluindo que “assim é impossível não matar inocentes”.

Referindo-se ao conflito religioso que conflagra aquela região desde a antiguidade, Soares observou que “nenhuma religião prega o direito de matar, muito menos por razões raciais” e comparou as 1,8 mil mortes de palestinos pelo exército israelense com o aniquilamento de um povo por meio da força. “O povo da Palestina tem o direito de viver em paz em seu território”, afirmou Soares.

Sonho rodoferroviário
Neodi Saretta defendeu na tribuna a duplicação da BR-282, que corta o estado de Leste a Oeste, de Florianópolis a São Miguel do Oeste. “É uma das estradas mais perigosas, com muitas curvas, aclives, declives, precisa de melhorias urgentes e da duplicação em todo seu trecho”, declarou o deputado, que revelou que o “sonho de uma ferrovia” ligando o Oeste ao Litoral “tem expectativa de ser levado adiante”.

Daniel Tozzo (PSD) concordou em parte com Saretta e também fez a defesa da duplicação da BR-282, mas priorizou a duplicação da rodovia. “Vejo ela como mais importante que a ferrovia, não é só escoar a produção, mas evitar grandes acidentes”, explicou Tozzo, justificando que a estrada foi construída para o fluxo de automóveis dos anos 1970. “Hoje é um limitador do desenvolvimento, impõe um custo operacional elevado e leva mais tempo para transportar os produtos por causa do crescente volume de veículos que nela trafegam”, avaliou.

Tainha de cativeiro
Manoel Mota (PMDB) destacou a criação de tainha em cativeiro, cuja ideia lhe foi sugerida pelo ex-vereador Jarrão, de Tubarão. “Estamos começando, convencemos o governo a fazer esse investimento, hoje temos alevinos de tainha, tainha de cativeiro”, comemorou Mota, completando que o cultivo de tainha poderá substituir o de camarão na região de Laguna, Tubarão, Imaruí e Jaguaruna, atualmente comprometido pela mancha branca.

Evolução do câncer
Ana Paula Lima (PT) alertou que a incidência de casos de câncer em Blumenau aumentou 16% em 2013. “O aumento dos óbitos foi significativo”, garantiu Ana Paula, lamentando o fato de que Blumenau ocupa o segundo lugar no ranking do câncer em Santa Catarina, com cerca de 131 mortes a cada 100 mil habitantes, perdendo apenas para Lages, que registrou 150 óbitos por 100 mil habitantes.

Vítor Santos
Agência AL

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