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27/11/2012 - 13h52min

Extremo Oeste reivindica investimentos no Hospital Terezinha Gaio Basso

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Audiência Pública - Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa

A falta de médicos e especialidades em oncologia, neurocirurgia, ortopedia e cirurgia vascular estão entre as principais reivindicações em saúde do Extremo Oeste  catarinense. Atualmente os moradores da região precisam se deslocar  até Chapecó, distante 128 km, em busca de tratamento em diversas áreas de média e alta complexidade.
As reivindicações foram feitas durante audiência pública realizada pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa na manhã desta segunda-feira (26), em São Miguel do Oeste. As informações levantadas farão parte de um relatório que será entregue ao governo do Estado e servirá de base para os futuros encaminhamentos por parte da comissão.
A principal unidade médica da região é o Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, responsável pelo atendimento a cerca de 30 municípios. Autoridades municipais e gestores do setor de saúde presentes ao evento demonstraram preocupação com o risco de superlotação da instituição.
O deputado Padre Pedro Baldissera (PT), proponente da audiência, destacou que a maioria dos atendimentos em questão poderiam ser realizados pelos serviços de saúde municipais, minimizando os riscos de se sobrecarregar o regional. "Grande parte destes atendimentos em atenção básica poderiam ser feitos nos próprios municípios, deixando somente os casos de maior complexidade para o regional".
Ao mesmo tempo, disse, as prefeituras, com o auxílio do governo do Estado, devem trabalhar em conjunto para que os hospitais de cada município se complementem entre si, oferecendo especialidades médicas que contemplem as necessidades de toda a região, sem a sobreposição de serviços.

Novas especialidades
Paralelamente à vocalização das unidades hospitalares, representantes do Extremo Oeste defenderam mais investimentos para o Hospital Regional e a criação de novas especialidades médicas. O diretor da unidade, Valmor Busnello, afirmou que a prioridade da instituição é a criação da oncologia e da neurocirurgia. Ele disse ainda que também está sendo buscado o credenciamento para a ortopedia em alta complexidade e a cirurgia vascular. "Assim que surgirem os credenciamentos estaremos implementando os serviços", disse.
Representantes do Executivo estadual afirmaram, por sua vez, que o hospital vem recebendo R$ 2 milhões ao mês para serviços de manutenção e que já está aprovada a construção de uma policlínica em local anexo à unidade. A construção deve abrir espaço para a instalação da oncologia no regional.
Cauteloso, o prefeito de São Miguel do Oeste, Nelson Foss da Silva, afirmou que o governo já havia prometido a instalação de um setor de quimioterapia no Terezinha Gaio Basso, promessa que não teria se concretizado. "Se quisermos que o regional tenha especialidades em média e alta complexidade, temos que criar condições para que os hospitais dos municípios do entorno possam dar conta de outros serviços", disse.

Falta de médicos
Outro problema levantado foi a dificuldade dos pequenos municípios em completar o quadro de profissionais de saúde necessários para oferecer uma nova especialidade médica. De acordo com o secretário da Regional de São Miguel do Oeste, Volmir Giombelli, a falta de médicos vem dificultando a disponibilização de novas especialidades pelos municípios. "Os recursos necessários para se manter uma equipe de saúde da família aqui, por exemplo, é muito maior do que em cidades maiores. Precisamos buscar atrativos para que estes profissionais venham pra cá", disse.
A afirmação foi corroborada pelo deputado Volnei Morastoni (PT), presidente da Comissão de Saúde, que destacou que atualmente cerca de 70% dos médicos que atuam no estado estão concentrados em Florianópolis e no Litoral Norte. "Santa Catarina possui quase dez cursos de medicina. Precisamos trabalhar políticas públicas de incentivo para que estes profissionais sintam-se estimulados a se fixar também nos pequenos municípios", disse.
O secretário da Saúde de São Miguel do Oeste, Alfredo Spier, afirmou que encaminhou requerimento ao governo do Estado para que este disponibilize recursos visando a locação, a partir do próximo ano, de espaços físicos para a instalação de postos de atendimento médico. "Temos muitos serviços represados que precisam de atendimento. Fazer avançar esta questão é um desafio que está colocado aos futuros secretários", disse.
Participaram ainda do debate os deputados Maurício Eskudlark (PSD), Dirceu Dresch (PT), o gerente de saúde da Secretaria de Desenvolvimento Regional de São Miguel do Oeste, Alencar Barbieri, e o diretor do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, Valmor Busnello.  (Alexandre Back)

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