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23/11/2012 - 09h01min

Empossados três novos acadêmicos na Academia Desterrense de Letras

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A Academia Desterrense de Letras (ADL) conta três novos membros. A solenidade de posse realizada na noite de quinta-feira (22), no auditório Deputada Antonieta de Barros, da Assembleia Legislativa, reuniu acadêmicos, autoridades e convidados em uma cerimônia marcada pelo simbolismo. Os três acadêmicos empossados - Roberto Rodrigues de Menezes, Leatrice Moellmann Pagani e Vilca Marlene Merizio -, assumiram as cadeiras 36, 37 e 38 das 40 vagas da ADL.
O evento, conduzido pela presidente da Academia, Hiamir Polli, teve início com o tradicional acendimento de velas coloridas realizado anualmente em cerimônias de posse e encerramento oficial das atividades, que é considerada a solenidade mais importante do ano. Nas cores vermelha, azul e branca, as velas representam revelação, inspiração e consciência, respectivamente. Hiamir ressaltou que a ADL empossa os novos acadêmicos com orgulho do vasto currículo literário destes profissionais.

Patrono
Fundada há 14 anos, a Academia Desterrense de Letras celebra também os 151 anos de nascimento do maior poeta simbolista brasileiro, João da Cruz e Sousa, natural de Desterro e Patrono da instituição. “Nossa comemoração a Cruz e Sousa representa o reconhecimento a toda sua obra que, infelizmente, só foi reconhecida depois de sua morte”, declarou.
Em nome dos colegas empossados, o novo membro da ADL, Roberto Rodrigues de Menezes expressou a alegria e realização dos novos acadêmicos. “Ocupamos as cadeiras com o intuito de fazer mais pela literatura catarinense e acender ideias proveitosas nesta área”, frisou.

Poeta Cruz e Sousa
Filho de escravos, João da Cruz e Sousa nasceu em 24 de novembro de 1861, em Desterro, e teve uma infância pobre. A mãe foi libertada por volta de 1870 e passou a trabalhar como doméstica na casa de um importante militar da cidade. Esse vínculo permitiu a Cruz e Sousa ter uma educação razoável, e desde a adolescência ele sonhava em ser poeta.
Trabalhou como professor particular e vendedor, mas logo se aproximou do grupo literário Ideia Nova, que pretendia renovar as letras catarinenses. Nessa época, chegou a ser nomeado promotor público de Laguna, mas os poderosos da cidade impediram que ele assumisse o cargo por ser negro. O poeta uniu-se então à Companhia Dramática Julieta dos Santos, com a qual viajou por diversos estados brasileiros. Esse contato com os rincões do país influenciou sua produção literária e permitiu-lhe conhecer as mazelas do povo.
Em 1885, foi efetivado como redator no jornal catarinense O Moleque. O foco do jornal era a crítica política, e mais uma vez Cruz e Sousa atraiu inimigos pelos comentários que fazia contra os medalhões da época. Com a extinção de O Moleque, passou a trabalhar no Abolicionista, que, como o próprio nome diz, fazia campanha pela libertação dos escravos.
Em vida, Cruz e Sousa sofreu perseguição inclemente de críticos que desqualificaram sua produção. Somente há alguns anos os especialistas resgataram as obras de Cruz e Sousa conferindo-lhe o devido reconhecimento. (Tatiani Magalhães)

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