11/03/2009 - 19h30min
Dos Gabinetes - Denúncia: Em plenário, Soares apresenta vídeo em que tenente-coronel Newton pede vot
O deputado Sargento Amauri Soares (PDT) apresentou denúncia na tribuna da Assembleia Legislativa, na qual o tenente-coronel Newton Ramlow, comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, pede votos ao prefeito Dário Berger, para duas guarnições que estão de serviço nas dependências do quartel. Na gravação, o oficial diz: “Não sou PMDB e não sou 15, eu sou Dário Berger. Mas hoje eu estou pedindo votos para Dário Berger aos senhores”. Em outro trecho, ele destaca que está fazendo isso justamente em horário de trabalho: “É por isso que eu peguei entrada e saída. Não tem ninguém de folga aqui não, né?”.
Soares criticou o fato de o oficial pedir votos dentro de um batalhão da Polícia Militar, na sala do comandante, enquanto as camisetas e adesivos da Aprasc têm uso proibido dentro dos quartéis, mesmo saindo do serviço ou de folga. Ele citou o exemplo do presidente licenciado da Aprasc, sargento Manoel João da Costa, que foi até o Quartel do Comando Geral na Corregedoria da PM, protocolar a denúncia, mas foi proibido de entrar porque estava vestindo a camiseta da entidade. Um CD com o conteúdo da gravação foi entregue para o promotor da Justiça Militar Sidney Eloy Dalabrida.
O deputado destacou o trecho da gravação em que o tenente-coronel Newton afirma que deseja ser comandante-geral da Polícia Militar em um possível mandato de governador do atual prefeito de Florianópolis, Dário Berger. O oficial argumentou que com Dário no governo do Estado ele vai ter mais facilidades para conquistar aumentos salariais para os servidores, caso contrário ele inicia uma paralisação dos militares. “Como é que eu vou reivindicar aumento salarial com um governador que eu nunca falei com ele? 'Ah, não vou dar!' Então eu vou parar a tropa (...) Eu paro a tropa!”.
Em contrapartida, quando a base da segurança pública faz uma manifestação, segundo o deputado, é feito caça as bruxas. “Somos nós, os praças, que precisamos ser inquiridos, humilhados, massacrados e excluídos. Aliás, em vários momentos nos últimos anos nós ouvimos isso dos nossos comandantes, ‘tem que radicalizar, se for preciso tem que paralisar para resolver a questão salarial’”, contou Soares.
Apoiado por outros parlamentares, o deputado defendeu uma investigação por parte da Justiça Militar e comum e da Assembléia Legislativa. “É preciso que a Polícia Militar seja observada de fora, porque lá dentro é esse tipo de coisa que é o normal”, afirmou, referindo-se à atitude do comandante de pedir votos dentro do batalhão.
Alexandre Brandão
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